Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Élida Mayara da Nóbrega |
Orientador(a): |
Dutra, Elza Maria do Socorro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21023
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Resumo: |
Esta pesquisa aborda a anorexia nervosa (AN) pelo olhar de pessoas que viveram essa experiência. Os Transtornos Alimentares (TAs) têm se apresentado como psicopatologias cada vez mais recorrentes na contemporaneidade, sendo sua incidência quase duplicada nos últimos 20 anos, atingindo, principalmente, adolescentes e trazendo conseqüências e implicações de diversas naturezas. A literatura aponta para a relevância do atual ideal de beleza, no qual a magreza é hipervalorizada. Diante deste cenário o objetivo do estudo foi compreender, a partir de uma perspectiva fenomenológico-existencial, a experiência de anorexia. Nesse sentido, ao se acessar a experiência, busca-se a compreensão dos possíveis sentidos que o não-comer tem para a pessoa que vivencia tal experiência. A pesquisa, de inspiração fenomenológico-existencial heideggeriana, utilizou entrevistas semi-abertas como meio de acesso à experiência. Foram entrevistadas duas pessoas do sexo feminino, com a idade de 17 e 30 anos, iniciadas com uma pergunta disparadora (“Como foi, ou como é, a sua vivência de anorexia?”), que permitiu à entrevistada falar sobre a sua experiência. Para a seleção das participantes da pesquisa houve divulgação entre os profissionais da área da saúde, assim como nas redes sociais e blogs, em que foram explicitados os objetivos da pesquisa e critérios de participação. O diário de campo também foi utilizado como recurso metodológico, buscando uma maior aproximação das experiências das entrevistadas e da pesquisadora. As entrevistas foram interpretadas à luz da hermenêutica heideggeriana Os sentidos desvelados nas narrativas revelaram questões para além da questão física e patológica, estando envolvidos família, desejos, amigos, experiências, projetos de vida. O corporar, tal como pensado por Martin Heidegger, se fez muito presente nas falas das entrevistadas, uma vez que faz parte da existência. Dentre as ideias heideggerianas, ressalta-se o cuidado, inospitalidade, habitar, tédio, abertura às possibilidades e facticidade, que puderam ser discutidos a partir das falas das entrevistadas, gerando reflexões acerca dos seus sentidos, em suas existências. |