Reativações rúpteis de zonas de cisalhamento Pré-cambrianas na margem continental atlântica: bacias Sergipe-Alagoas e Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vasconcelos, David Lino
Orientador(a): Bezerra, Francisco Hilario Rego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26394
Resumo: Nesta pesquisa, nós investigamos o papel das zonas de cisalhamento Pré-cambrianas na formação das zonas de fraturas Ascensão e Fernando Poo durante a abertura do Oceano Atlântico Sul e a reativação rúptil de falhas rifte e pós-rifte na porção terrestre das bacias Sergipe-Alagoas e Pernambuco, nordeste do Brasil. Nós combinamos e interpretamos um conjunto de dados aeromagnéticos e topográficos, associados a algumas seções de sísmica de reflexão e dados de poços para analisar como as zonas de cisalhamento Pré-cambrianas podem ter influenciado a evolução da margem continental Atlântica do Brasil. Nossos resultados indicam que no embasamento cristalino, os lineamentos magnéticos são correlacionados com zonas de cisalhamento e a continuação desses lineamentos em direção ao limite continenteoceano é interpretado como as zonas de cisalhamento por baixo da cobertura sedimentar das bacias. Nós registramos que as zonas de cisalhamento e as zonas de fraturas oceânicas possuem uma conexão. As zonas de cisalhamento São Miguel do Aleixo e Pernambuco atuaram como zonas de fraqueza controlando a localização das falhas transformantes que evoluíram para as zonas de fraturas Ascensão e Fernando Poo, respectivamente, durante a ruptura do Pangea. Nosso modelo sugere que a formação das falhas transformantes/zonas de fraturas influenciadas pelas zonas de cisalhamento ocorreu nos estágios iniciais da abertura oceânica, indicando que as falhas transformantes/zonas de fraturas formadas após a abertura foram provavelmente correlacionadas ao estágio de subsidência termal. Além disso, documentamos as seguintes fases de reativação do embasamento: (1) a abertura do Oceano Atlântico Sul no Cretáceo Inferior sob um regime de tensão extensional e (2) a inversão tectônica induzida pelo empurrão da Dorsal Meso-Atlântica e a Cordilheira dos Andes no Neógeno-Quaternário sob um regime de estresse predominantemente transcorrente. Durante a fase rifte, as reativações das zonas de cisalhamento controlaram as localizações e arquiteturas dos riftes. Elas atuaram como zonas de fraquezas e foram reativadas como falhas normais. A reativação ainda estava ativa durante o regime transcorrente na fase de subsidência termal das bacias e foi responsável pelo desenvolvimento de estruturas compressivas. O padrão de falhas reversas e dobramento indicam uma inversão tectônica ocorrida no Cretáceo Superior-Cenozoico. Essas estruturas tardias são consistentes com o atual campo de esforços, indicando que a inversão tectônica é uma fase ativa da margem Brasileira.