Evolução tectônica da borda norte da Bacia do Araripe, NE do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CELESTINO, Maria Alcione Lima
Orientador(a): MIRANDA, Tiago Siqueira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42248
Resumo: Este trabalho apresenta a análise da influência tectônica da zona de cisalhamento Patos no controle estrutural da borda norte da Bacia do Araripe. A área de estudo abrange o contato geológico entre o embasamento (Complexo Granjeiro) e a cobertura sedimentar da Bacia do Araripe (formações Cariri, Barbalha e Crato). Este contato é marcado pela zona de falha Triunfo, que representa a reativação rúptil da zona de cisalhamento Patos. O objetivo deste trabalho foi classificar e quantificar os elementos arquiteturais da Falha Triunfo e analisar suas implicações tectônicas na cobertura sedimentar da Bacia do Araripe. A quantificação da espessura da zona de dano da Falha Triunfo foi realizada com a aplicação da técnica de scanline. Além disso, foram utilizados métodos de caracterização petrográfica (descrição de lâmina delgada, EDX e catodoluminescência) e geocronologia (U-Pb, carbonato) de rochas de falha. O núcleo da Falha Triunfo é composto por brechas tectônicas e cataclasitos. As zonas de dano da Falha Triunfo são formadas por: a) ortognaisses miloníticos (footwall); e b) arenitos e calcários laminados (hangingwall). Foram obtidas duas idades absolutas, 94.9 ± 3.4 Ma e 80.3 ± 2.8 Ma, em veios de carbonato que ocorrem em brechas carbonáticas da Formação Crato. Os resultados deste trabalho indicaram três estágios deformacionais para o desenvolvimento estrutural da borda norte da Bacia do Araripe: a) Dn, Orogênese Brasiliana, deformação dúctil; b) Dn+1, Paleozoico, deformação dúctil-rúptil; e c) Dn+2, Cretáceo, deformação rúptil. Além disso, esta pesquisa propõe que após o evento Dn+2 a Falha Triunfo continuou ativa durante a fase pós-rift da Bacia do Araripe.