Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Valdielly Larisse |
Orientador(a): |
NEVES, Sérgio Pacheco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41825
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Resumo: |
Dados geofísicos, estruturais, termobarométricos e mapas de raio-X foram combinados para melhor compreensão sobre a evolução tectonometamórfica da região de Feira Nova, porção leste da Província Borborema. A região é dominada por biotita xistos e granada-biotita xistos e paragnaisses com sillimanita do Complexo Surubim, localmente migmatizados, e é limitada por ortognaisses do embasamento representados pelos complexos Vertentes e Salgadinho e pelo Complexo Metagabro-Anortosítico de Passira. Na porção sul da área, afloram os ortognaisses Açudinho e Terra Nova, considerados pré-transcorrentes, e uma porção do Complexo Vertentes, ambos desenhados por um par sinforme-antiforme macroscópico. Todas essas unidades foram afetadas por foliação de baixo ângulo (S2) com transporte para NW, associada a zonas de cisalhamento contracionais. Uma foliação prévia desenha dobras intra-S2. S2 é transposta por foliação de alto ângulo (S3) associada a zonas de cisalhamento transcorrentes sinistrais. Relacionadas à S3, ocorrem dobras fechadas inclinadas e o par sinforme-antiforme. Encurvamento dos traços axiais dessas dobras sugere redobramento, constituindo padrão de interferência do tipo 3. Localmente, bandas de cisalhamento contracionais resultantes da tectônica transpressiva cortam S3. Os dados sugerem uma deformação progressiva com transição entre um regime contracional e um regime transpressivo. Mapas de raios-X obtidos para o Complexo Surubim mostram alto conteúdo de Ca e Mg em núcleos de granada e de Ti em biotita, os quais sugerem condições de alta temperatura. Essas composições foram atribuídas ao pico do metamorfismo Brasiliano e sincrônicas ao desenvolvimento da foliação regional S2. A diminuição desses conteúdos em direção às bordas desses minerais sugere esfriamento e descompressão. Os termômetros granada-biotita e o barômetro granada-Al2SiO5-quartzo- plagioclásio (GASP) forneceram alta temperatura (~650-760°C) e média pressão (~0,6-0,9 GPa) para o pico metamórfico, e mínimas de ~590-520°C e 0,4-0,3 GPa para o retrometamorfismo. Os dados sugerem que as rochas atingiram profundidades entre ~23 e 34 km durante o regime compressivo e foram exumadas a ~11-19 km durante o regime transpressivo. A ausência de tramas extensionais favorece exumação por erosão em vez de colapso extensional. Baseado na ocorrência de cianita na região, é inferida uma trajetória pressão-temperatura-tempo (P-T-t) do tipo horária, relacionada a espessamento em um ambiente predominantemente intracontinental, seguido por exumação sob baixas taxas de erosão e esfriamento. |