Caminhos a trilhar: um estudo sobre os verbos de movimento no português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araújo, Fabiano de Carvalho
Orientador(a): Cunha, Maria Angelica Furtado da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24117
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo os verbos de movimento e seu objetivo é analisar o estatuto sintático-semântico e discursivo-pragmático das orações com verbos de movimento. A hipótese adotada é que os verbos de movimento constituem uma classe de verbos heterogênea, cujas subclasses apresentam características próprias. A pesquisa segue uma abordagem cognitivo-funcional da linguagem, por reconhecer as contribuições dadas tanto por linguistas funcionais como Talmy Givón, Paul Hopper, Sandra Thompson, quanto por linguistas cognitivos como Michael Tomasello, George Lakoff, entre outros. Os dados foram retirados de duas fontes: (i) Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998); (ii) notícias publicadas em sítios eletrônicos. As orações com verbos de movimento encontradas nesses textos foram submetidos às seguintes análises: (i) classificação desses verbos, de acordo com a visão tradicional de transitividade; (ii) distinção dos tipos semânticos dos verbos de acordo com a proposta de Borba (1996); (iii) identificação dos papéis semânticos dos argumentos dos verbos de acordo Givón (2001), Andrews (1985) e Cançado (2005); (iv) análise dos traços semânticos presentes no significado do verbo em conformidade com Talmy (1985); (v) análise do status informacional dos argumentos nominais dos verbos de movimento pela proposta de Prince (1981); (vi) aferição do grau de transitividade das orações segundo a proposta de Hopper e Thompson (1980); (vii) averiguação da adequação das orações às restrições da estrutura argumental preferida; e (viii) retomada dos parâmetros estudados que favorecem uma categorização dos verbos de movimento. Esta pesquisa revelou que os verbos estudados não constituem uma categoria uniforme, sendo possível definir subclasses com características semelhantes entre si. As diferenças entre os verbos de diferentes subclasses se deram de duas formas: (i) uma classe apresenta um parâmetro e as outras não; (ii) todas as subclasses apresentam o mesmo parâmetro com intensidade diferente.