O corpo em Michel Onfray

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Rayane Monaliza da Nóbrega
Orientador(a): Medeiros, Rosie Marie Nascimento de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20072
Resumo: Esta pesquisa busca pensar o corpo a partir da Filosofia Hedonista de Michel Onfray. Para compor seus escritos, o filósofo lança fortes críticas ao ascetismo (constituído pela tradição filosófica e pelas religiões monoteístas), acusando-o de desprezar o corpo e o prazer de seus ensinamentos, ancorados pela moral cristã. Em contrapartida, sua filosofia defende o hedonismo que prima pelo prazer como princípio ético/moral, o qual visa o outro tanto quanto o próprio indivíduo, enaltecendo o corpo e suas potencialidades através dos cinco sentidos. A filosofia contemplada nos permitiu pensar sobre a Educação Física, área que, tradicionalmente, esteve atrelada à execução de tarefas disciplinadoras do corpo, desconsiderando a sensibilidade de sua prática pedagógica. Nesse cenário, há um ideal de corpo que nos acomete diariamente, intensificado por esta área, o que resulta no problema ético do corpo. A partir de então, lançamos nossas questões de estudo: como o corpo se configura entre o ascetismo e o hedonismo, a partir da filosofia de Michel Onfray? Quais são as possíveis implicações para a Educação Física? Pautados no método do Materialismo Hedonista, proposto por Michel Onfray, pensamos nesta pesquisa acerca de dois eixos centrais que contemplam nossas categorias de estudo, a saber: Corpo Glorioso e Corpo Libertino. Para atender nossas intenções de pesquisa, recorremos aos livros de Michel Onfray, traduzidos no Brasil, assim como, entrevistas concedidas pelo autor a revistas/jornais. Para tratar da abordagem ética/estética na Educação Física, utilizamos os textos de Silvino Santin e Hugo Lovisolo. Ademais, trazemos o cinema para nosso diálogo. Pensamos nesta pesquisa como uma verdadeira Odisseia que nos transportou tanto a lugares desconhecidos, quanto possibilitou um retorno a outros já visitados. Esta viagem nos proporcionou ensinamentos para auxiliar nossa sabedoria de bem viver a vida, alertando-nos para o culto ao corpo como o cultivo de si, e não como busca de alcançar padrões corporais estipulados pela sociedade vigente.