Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Elaine Luciana Sobral |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22052
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Resumo: |
A tese tematiza questões relativas aos conhecimentos que podem constituir as experiências vivenciadas por crianças no cotidiano das instituições de Educação Infantil e que, por conseguinte, constituem os currículos por elas vividos nesses contextos, mediante os quais – juntamente a outras experiências partilhadas em outros espaços sociais – elas interagem com a cultura e se constituem como sujeitos. As problematizações geradoras do estudo são desencadeadas em contextos de imprecisões, contradições e embates acerca do que precisa constituir tais currículos. Consideramos que, historicamente, os sentidos circulantes acerca do que as crianças podem aprender na educação infantil estão sendo (in)definidos em, pelo menos, duas instâncias: uma deliberativa – documentos de políticas nacionais; e uma prática – planejamento/desenvolvimento de experiências cotidianas de professores junto às crianças nas instituições educativas. Assim, a pesquisa busca responder à questão: que sentidos são atribuídos ao currículo e aos conhecimentos que podem se constituir como objetos e objetivos da educação infantil no texto das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI) e nas vozes de professores que atuam nessa etapa educativa? O estudo assumiu como aportes teórico-metodológicos os princípios da abordagem histórico-cultural de L. S. Vigotski (2000; 2005; 2007; 2009) e da análise dialógica do discurso de M. Bakhtin (1995; 2003). Desse modo, compreendendo que as significações/sentidos, enquanto produções humanas-sociais, só podem ser estudadas em seu movimento de constituição. A investigação tem como objetivo: analisar os sentidos atribuídos ao currículo e aos conhecimentos que podem/precisam se constituir como objetos/objetivos na educação infantil pelas DCNEI e por professores que atuam nessa etapa. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa de dupla natureza – documental e empírica - com análise de documentos e entrevistas semiestruturadas, individuais e coletivas, com nove professoras da educação infantil que atuam em instituições públicas. A construção e análise dos dados se deu em um movimento dialógico de negociação e produção de sentidos sistematizados em dois campos temáticos presentes no objeto: 1) Sentidos relativos a currículo e 2) Sentidos relativos a conhecimentos. Mediante a análise empreendida, identificamos/organizamos eixos de sentidos: 1a) Sentidos sobre currículo nas DCNEI; 1b) Sentidos sobre currículo nas vozes de professoras (O que constitui currículo e processos de produção/definição do currículo); e 2a) Sentidos em torno de conhecimentos nas DCNEI (O que constitui conhecimento na/para educação infantil: diferentes patrimônios de conhecimentos, conhecimentos e saberes, conhecimentos e linguagens, conhecimentos que constituem o currículo; o conhecimento nas interações e na brincadeira; o conhecimento e as experiências educativas que integram o currículo); 2b) Sentidos de conhecimento nas vozes de professoras da educação infantil (O que as crianças podem aprender nas experiências educativas: conhecimentos como habilidades/capacidades do desenvolvimento infantil, conhecimentos relativos aos processos de alfabetização e letramento, conhecimentos nas experiências lógico-matemáticas, conhecimentos sobre o mundo físico e social, conhecimentos nas linguagens da arte, conhecimentos para os bebês; modos organizativos de conhecimentos no currículo: eixos de conhecimentos - entre DCNEI e RCNEI, experiências curriculares, interações e brincadeira). Verificamos encontros e desencontros acerca do que as crianças precisam aprender na educação infantil entre as proposições das DCNEI e as vozes das professoras. A análise do texto oficial aponta para a necessidade de maior clareza, ampliação e aprofundamento de suas definições, considerando que os professores precisam de “chaves” não disponíveis no texto, para acessar as significações nele contidas. Apontamos, ainda, a necessidade de maior investimento em formação em serviço e condições de apropriação, por parte de professores dessa etapa, das atuais proposições teóricas e oficiais para a educação de crianças muito pequenas e pequenas, fundamentais ao desenvolvimento e à reflexão de sua própria prática. |