Os sentidos de movimento nas Políticas Curriculares para Educação Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliva, Mariana Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17394
Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar os sentidos de movimento nas políticas curriculares para a Educação Infantil, quais sejam, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil e a Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil. O interesse da pesquisa passeia por dois campos de conhecimento: Educação Física e Educação Infantil. Tanto um, como outro passaram por mudanças em suas trajetórias. Na Educação Infantil houve conquistas de direitos para a criança pequena e sua educação, além de novos olhares para a criança e a infância. Na Educação Física, a principal transformação deu-se em relação ao seu objeto de estudo. A partir da leitura das pesquisas de Sayão, 1999, 2002; Ayoub, 2001, 2005; Buss-Simão, 2005, 2011; Richter e Vaz, 2005, 2010; Macedo e Neira, 2013, 2017 foi possível identificar argumentos que podem ter contribuído para certas tensões entre os dois campos, como: a presença da perspectiva psicomotricista, a fragmentação curricular e a inserção do viés esportivista. A partir disso, procurou-se entender como os discursos sobre o movimento são tratados nas políticas de currículo dedicadas à Educação Infantil. No que concerne a temática do currículo, utilizou-se os referenciais teóricos de autores como Lopes e Macedo (2011) e Macedo (2012), sendo possível a reflexão sobre a legitimação do conhecimento no currículo e as disputas e tensões que existem na construção das políticas curriculares. O currículo no qual acreditamos está relacionado com a luta pelos significados que atribuímos ao mundo, por isso, entendido como produção cultural (LOPES; MACEDO, 2011a). Ainda, com o intuito de analisar as Políticas Curriculares para EI recorreu-se ao Ciclo de Políticas (Ball, 1992). Essa ferramenta permitiu o entendimento de como os discursos acerca do movimento, do brincar e das práticas corporais são produzidos nas políticas. Após análise, conclui-se que há uma prevalência do aspecto cognitivo em relação à motricidade. Os documentos curriculares pouco fazem relações dos movimentos e das brincadeiras com a cultura e quando o fazem não levam em consideração a manutenção e a produção da cultura de pares e por fim, observou-se que os documentos quase não utilizam os saberes do campo da Educação Física.