Colaboração premiada e direito à não autoincriminação: (in)constitucionalidade da renúncia do direito ao silêncio prevista na Lei 12.850/2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barros, Felipe Luiz Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21318
Resumo: Esta dissertação tem o objetivo de investigar a relação entre o direito ao silêncio previsto no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal brasileira e a previsão de renúncia a esse direito trazida com o instituto da colaboração premiada, mais precisamente no art. 4º, § 14, da Lei 12.850/2013, verificando-se eventual inconstitucionalidade do dispositivo. A fim de alcançar o objetivo, é feito exame do processo de constitucionalização dos direitos fundamentais, a partir da 2ª Guerra Mundial, com visitação a algumas das teorias sustentadas. O fenômeno do crime organizado também passa pelo estudo, visto que o instrumento da colaboração premiada foi criado justamente para dotar os órgãos de persecução criminal desse meio de obtenção de prova. O suporte metodológico-jurídico do trabalho será na Teoria Liberal dos Direitos Fundamentais, de modo que será estudada a dogmática de tal teoria, por meio da qual será examinada a constitucionalidade da renúncia ao direito ao silêncio no âmbito da colaboração premiada, no contexto do crescente desenvolvimento de organizações criminosas, necessidade de aparelhamento do Estado de instrumentos de combate ao crime organizado, paralelo ao necessário respeito aos direitos fundamentais e limites às intervenções estatais na esfera individual.