Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Natália Lopes |
Orientador(a): |
Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49266
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Resumo: |
A Hipertensão pulmonar (HP) é considerada uma síndrome clínica complexa, caracterizada pelo aumento da pressão arterial pulmonar. Os pacientes cursam com limitação das atividades cotidianas com aumento da dispneia relacionada aos esforços, disfunção muscular sistêmica e declínio funcional. Atualmente, ferramentas de avaliação indireta da tolerância ao exercício são realizadas pelos testes de campo, entre eles o teste de senta e levanta, ou sit-to-stand test (STS). Diferentes protocolos do STS foram descritos e utilizados na HP, dessa forma, estabelecer as propriedades de medidas psicométricas deste teste nessa população torna-se fundamental para a utilização e prescrição com medidas válidas e confiáveis nesses pacientes. Objetivo: Determinar as propriedades psicométricas (validade, confiabilidade [consistência interna e erro de medida], teste de hipóteses para validade de construto e responsividade) e repetições alcançadas dos diferentes protocolos do STS em indivíduos com HP. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática que incluiu estudos com pacientes com HP que foram avaliados pelo STS test (protocolos: 1 minuto (1-STS), 30 segundos (30-STS) ou de 5 repetições (5-STS)). As buscas dos estudos foram realizadas nas plataformas PubMed, EMBASE, SciELO, Cochrane Library, e Web of Science seguindo a estratégia PICOT (população: adultos com HP; intervenção: avaliação da capacidade de exercício com o STS; comparador: grupo controle ou valores de referência; desfecho: propriedades psicométricas; tipo de estudos: ensaios clínicos randomizados ou quase randomizados e estudos observacionais) e o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Utilizamos o software Rayyan para exportação, análise dos dados e seleção dos estudos. O risco de viés foi conduzido pelo manual Consensus‐Based Standards for the Selection of Health Measurement Instruments (COSMIN) e a análise da qualidade da evidência pelo Grading of Recommendations, Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) modificado. O protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO (CRD42021244271). Todas as etapas de avaliação foram conduzidas por dois pesquisadores independentes, em caso de discordância, um terceiro avaliador foi consultado. Resultados: Foram identificados 6.357 artigos, destes 1.310 artigos foram excluídos por duplicação. Dos 5.047 artigos restantes que seguiram para a análise de títulos e resumos, apenas 7 seguiram para análise de texto completo e desses apenas 3 (González-Saiz et al., 2017, Kahraman et al., 2020 e Nakazato et al., 2021) artigos foram incluídos para análise, avaliação de risco de viés e qualidade da evidência. Quatro propriedades psicométricas foram avaliadas: 2 estudos avaliaram a validade convergente, um estudo avaliou validade entre grupos, um avaliou a responsividade e um avaliou a confiabilidade. Destes, 3 propriedades psicométricas obtiverem qualidade da evidência moderada: responsividade do 5-STS (7,5±1,4 para 6,0±1,1 (p<0,001)), a validade convergente do 30- STS (30-STS vs TC6M r=0,660; p<0,001) e do 1-STS (1-STS vs Acelerômetro r=0,593; p=0,006). Um estudo apresentou baixa qualidade da evidência na validade entre grupos do 30- STS (30-STS e NYHA Classe II 13,68(3,34) vs 30-STS e NYHA Classe III 10,25 (3,49); p=0,004) e outro muito baixa na confiabilidade do 30-STS (ICC 0,95(0,90–0,97). Conclusão: Concluímos que há uma escassez de estudos sobre os protocolos do STS na HP e diante dos achados podemos inferir que o 5-STS foi considerado responsivo, e que os protocolos do 30- STS e o 1-STS apresentaram validade convergente válidos na HP. A validade entre grupos e a confiabilidade apresentaram déficit metodológicos que impossibilitaram serem considerados confiáveis. Apesar dos poucos estudos com metodologias adequadas, parece que os protocolos do STS são pertinentes para essa população. Dessa forma, sugerimos que mais estudos com maior tamanho amostral e com rigor metodológico são necessários para a indicação e interpretação do uso do STS na população com HP. |