Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Rislene Kátia Ramos de |
Orientador(a): |
Jesus, Jordana Cristina de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47143
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Resumo: |
O Semiárido Setentrional (SS) é uma região localizada no Nordeste brasileiro, sendo caracterizado por grande volume populacional e clima seco e árido. No decorrer dos anos 2000, a economia da região tem avançado com a industrialização, exportação e a implementação de políticas públicas que têm mudado a vida da população, como o Programa Bolsa Família e o Luz para Todos. A partir de 2015, a situação econômica da região se deteriorou e, a partir de 2020, com a chegada da Pandemia da COVID-19, novos desafios despontaram. O objetivo do presente estudo é analisar o mercado de trabalho do Semiárido Setentrional antes e durante a pandemia da Covid-19, considerando as diferenças entre as Unidades da Federação que compõem a região. A fonte de dados utilizada é a PNAD-Contínua, referente aos 3º trimestres de 2019, 2020 e 2021, que são trimestres que captam o cenário antes da chegada da Covid-19 e do primeiro e segundo ano da pandemia. Como a PNAD-Contínua não tem abrangência a nível municipal, uma proxy foi utilizada para identificar as regiões geográficas pertencentes ao SS. Os resultados demonstram piora nos principais indicadores do mercado de trabalho na região durante a pandemia. No 3º T de 2019, 49,0% da população em idade ativa do SS estava fora da força de trabalho. Um ano depois, com a pandemia, houve a expulsão de 1,1 milhão de trabalhadores da força de trabalho, com a taxa de participação atingindo o valor de 43,9%. Há uma leve recuperação no 3º T de 2021, quando a taxa fica em 48,3%, mas ainda inferior ao observado antes da pandemia. Em termos de desemprego, a taxa de desocupação do SS piora em 2020 (15,4%) e se recupera em 2021 (14,6%), mas ainda em pior patamar do que o anterior à pandemia (12,4%). Embora toda a região tenha sido afetada com a pandemia, há diferenças entre as Unidades da Federação que compõe o SS. Nas microrregiões do SS pertencentes ao Rio Grande do Norte e Pernambuco foi onde se observaram os mais elevados patamares de desemprego no 3ºT de 2020, com taxas de desocupação de 18,5% e 18,3%, respectivamente. A menor taxa de desocupação no 3ºT de 2020 foi observada na região do SS localizada no Ceará. Quando avaliada a taxa combinada de desocupação e subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, a microrregião do SS localizada no Piauí foi a que apresentou o pior cenário, chegando a 36,1% no 3ºT de 2020. Os diferentes resultados no mercado de trabalho nas UF que compõem o SS apontam para possíveis diferenças na forma como políticas públicas em ação antes da pandemia podem ter atenuado seus impactos negativos. Diante da piora dos indicadores do mercado de trabalho no Semiárido Setentrional, espera-se que ocorra aumento da desigualdade intrarregional e em relação ao restante do país. Por fim, ressalta-se a necessidade de retomada urgente de políticas públicas voltadas à realidade sociodemográfica e econômica da região. |