Influência das terapias conservadoras sobre a qualidade do sono, intensidade de dor e níveis de depressão em pacientes portadores de disfunção temporomandibular: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Micaella Pollyana Silva do Nascimento da
Orientador(a): Almeida, Erika Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25842
Resumo: A disfunção temporomandibular (DTM) constitui um importante problema de saúde pública, já que é uma das causas mais relatadas de dor orofacial crônica que interfere nas atividades diárias. Aspectos biológicos e comportamentais como depressão e qualidade do sono, podem desempenhar um papel importante na adaptação à dor e recuperação desses pacientes. Objetivo: avaliar a influência das terapias conservadoras, placa, aconselhamento e terapia manual, sobre a intensidade de dor, nível depressão e qualidade do sono em pacientes portadores de DTM. Métodos: 85 pacientes diagnosticados com DTM através do RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) foram incluídos nesse ensaio clinico randomizado. Aleatoriamente eles foram distribuídos em 4 grupos de tratamento distintos: placa oclusal-PO (n= 24), placa oclusal associada ao aconselhamento-PAC (n=24), terapia manual-TM (n=19) e aconselhamento-AC (n=18). Os pacientes foram avaliados quanto a intensidade de dor por meio da Escala Visual Analógica (EVA), nível de depressão pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI) e pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADSd) e qualidade do sono através do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) no baseline e também nos períodos de um e três meses após realização do tratamento. Os dados foram analisados utilizando o teste Split Plot ANOVA, com o intuito de observar a diferença ao longo do tempo e entre grupos, com nível de confiança de 95%. Resultados: Ao analisar as variáveis ao longo do tempo todas as terapias se mostraram positivas, com redução da intensidade de dor (p=0,000), diminuição dos escores do nível de depressão avaliado pelo BDI (p=0,001) e também de qualidade do sono avaliada pelo PSQI (p=0,005). Exceto nos níveis de depressão avaliado pela HADSd não foi encontrada diferença significativa ao longo do tempo (p=0,106) e entre grupos (p=0,890). Diferença significativa também não foi evidenciada entre os grupos de tratamento, em nenhuma variável durante o período da pesquisa. Conclusão: As terapias PO, PAC, AC e TM possuem resultados positivos, quanto a intensidade de dor, níveis de depressão e qualidade do sono em pacientes portadores de DTM a curto prazo (1 e 3 meses), sem diferenças entre elas.