Práticas e características do jornalismo alternativo e contra hegemônico de agência de informação: uma visão a partir da rotina produtiva da Adital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Amanda Cínthia Medeiros e
Orientador(a): Lacerda, Juciano de Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20822
Resumo: A presença marcante das tecnologias de informação e comunicação (TICs) fez com que a rotina produtiva de veículos midiáticos passasse por mudanças. Com as agências alternativas de informação não foi diferente. Neste sentido e diante de uma literatura escassa acerca do tema, propomo-nos aqui a compreender como a Agência de informação Frei Tito para América Latina (Adital) desenvolve sua proposta de jornalismo alternativo, no ciberespaço, com vistas a uma comunicação cidadã. Para tanto, buscamos descrever as práticas de produção jornalísticas da agência, além de identificar os sujeitos envolvidos e as relações mantidas entre eles na rotina produtiva, e mapear quem são e onde estão os replicadores do conteúdo publicado e/ou veiculado em sua página online. A princípio, apresentamos uma discussão teórica acerca de conceitos como os de contra-hegemonia, jornalismo alternativo e cidadania comunicativa, o que nos leva até os estudos de Gramsci (2010), Peruzzo (2011), Moraes (2013), Paiva (2008), Coutinho (2008), Mata (2006), entre outros autores. Em seguida, abordamos brevemente a trajetória histórica de agências de informação no mundo e na América Latina, para tanto nos debruçamos em autores como Aguiar (2009), Pasti (2013) e Moraes (2010). Traçamos ainda um percurso metodológico de abordagem qualitativa e caráter exploratório e descritivo. Lançamos mão do método da etnometodologia, o que nos permite analisar os etnométodos ou conjunto de modos de agir, procedimentos, atividades e saberes que se constituem nos grupos, dando-lhes reconhecimento e distinção (COULON, 1995). Para alcançar os objetivos traçados, utilizamos ainda técnicas de pesquisa bibliográfica e documental, além da observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Por fim, analisamos os dados coletados a partir de três eixos: o surgimento da Adital; as práticas, características e sujeitos envolvidos na rotina produtiva da agência; e quem são e onde estão os replicadores do conteúdo produzido e/ou veiculado pela Adital. Concluímos que a rotina de produção em uma agência alternativa e contra-hegemônica de informações é sim marcada por singularidades, tanto no que diz respeito à organização da prática jornalística, quanto aos obstáculos encontrados. Nossos dados permitem ainda que, resguardadas algumas questões, acreditemos ser a Adital um modelo de agência de informação independente, alternativa e contra-hegemônica, logo, aproximada de uma proposta de comunicação cidadã.