Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araújo, David Raphael |
Orientador(a): |
Silva, Regina Simon da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29930
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Resumo: |
A Literatura é palimpséstica. Um pergaminho antropofágico que cria inúmeras conexões e interpretações com outras artes e, sobretudo, alimenta-se de si mesma. Ao longo do século XX, vários autores marcaram a história da literatura mundial. Nesse período de revoluções literárias, estéticas e sociais, uma mulher surgiu como marco nesse novo modo de escrever: Virginia Woolf. Em 1925, a canônica autora inglesa publicara seu quarto romance, Mrs Dalloway, um dos livros precursores de uma técnica de escrita chamada fluxo de consciência. Com ele, Woolf cunhou seu nome na história da literatura moderna e serve, até os dias atuais, como arquétipo para novos escritores. O livro The Hours (1999), do autor estadunidense Michael Cunningham, realiza uma imersão no universo da prestigiada literata. As personagens de sua narrativa explicitam a crítica e a quebra de padrões estéticos e consagrados por Woolf em seus livros, tendo como nítida inspiração o já citado Mrs Dalloway. O romance de Cunningham bebe da fonte de woolfiana e recria o seu olhar para as novas horas da modernidade. Utilizando de dados biográficos e bibliográficos da própria Virginia Woolf, construções linguísticas e personagens de Mrs Dalloway, Cunningham produz e recompõe sua história cheia de simbolismos e intrincamentos com a obra da britânica, fazendo com que seus ideais sejam reforçados e perpetuados dentro de um outro tempo e espaço. O objetivo deste trabalho é observar e demonstrar os rastros de Woolf dentro do romance cunninghaniano por meio da teoria de Julia Kristeva, entre outros autores que versem sobre os mecanismos intertextuais dos estudos literários. Tendo em vista os pontos mencionados, espera demonstrar-se a intertextualidade entre os dois escritos que nos servem de objetos contemplativos e reflexivos acerca de temas que ainda são tão pertinentes em nossa sociedade. |