Virginia Woolf, da ficção à teoria: uma análise de Mrs. Dalloway e da crítica cultural woolfiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Renata Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61339
Resumo: O presente texto tem como objetivo investigar de que modo o romance Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, reflete não apenas as transformações formais às quais o romance, enquanto gênero literário, esteve sujeito no início do século XX, mas também de que modo a obra – tanto no que tange ao conteúdo quanto à sua construção formal – reflete o próprio pensamento teórico e crítico da autora, buscando estabelecer pontos de diálogo entre ficção e teoria; entre a literatura e a filosofia de Woolf, tendo como pano de fundo da análise aqui realizada aquele que é até hoje considerado um dos mais desastrosos momentos da história: a Primeira Guerra Mundial. Para compreender de que forma tal acontecimento influenciou as obras produzidas a partir da primeira metade do século XX, abordaremos aqui o pensamento de Virginia Woolf colocando-o em diálogo com o pensamento de autores oriundos da Teoria Crítica, como Walter Benjamin e Theodor Adorno, e também de Erich Auerbach, além de propor uma análise do romance a partir da perspectiva apresentada por filósofos como Paul Ricoeur e James Wood. Além disso, busca-se aqui compreender de que maneira um personagem específico é capaz de refletir as transformações sofridas pelo gênero, especialmente aquelas que dizem respeito às técnicas narrativas empregadas para a construção de um discurso interno, subjetivo e em crise. O personagem em questão é Septimus, que lutou na Primeira Guerra e sentiu as consequências do conflito armado de modo mais intenso do que qualquer outro personagem no romance. Assim como os escritores modernistas, que sentiram a força de tais conflitos atingirem suas produções de maneira mais intensa do que aqueles escritores que chegaram a produzir durante as Guerras Napoleônicas.