Potencial inseticida de extratos aquosos de plantas ocorrentes na Amazônia Oriental sobre pulgão da couve (Hemiptera: Aphididae).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BLANCO, Dimison Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFRA/Campus Belém
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/885
Resumo: Este trabalho teve como objetivo verificar o potencial inseticida de extratos aquosos de plantas nativas ou ocorrentes na Região Amazônica. Primeiramente foram realizadas entrevistas em campo com produtores de hortaliças em dois municípios do Nordeste Paraense (Castanhal e Cametá) com o objetivo de obter informações sobre as pragas, os principais métodos de controle e sobre o uso ou conhecimento de plantas com efeito inseticida. Posteriormente foi avaliado em laboratório o efeito de extratos aquosos de plantas ocorrentes na região sobre o pulgão Erisymi sp. em plantas de couve. Para isso, as folhas dessas plantas foram secas em estufa a 40ºC por até 48h e trituradas para obtenção de pó. Os tratamentos consistiram de extratos vegetais a 10% (g. mL-1) de Mansoa standleyi, Momordica charantia, Quassia amara e água destilada (controle). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, dez insetos por parcela. O número de ninfas e adultos mortos foram contados 24 h e 48 h após as pulverizações, os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Através das entrevistas foi verificado que 95% dos produtores declararam ter algum tipo de problema com a ocorrência de pragas em sua área de cultivo. Em relação aos métodos de controle utilizados, 80% dos entrevistados utilizam o controle químico como principal método e as pragas que mais causam danos às hortaliças cultivadas estão as lagartas (Lepidoptera), paquinha (Orthoptera), cigarrinhas (Hemiptera), lesmas, mosca-branca (Hemiptera, Aleyrodidae) e pulgão (Hemiptera, Aphididae). Em relação à avaliação, em laboratório, dos extratos aquosos foi constatado o efeito inseticida do extrato de Q. amara sobre o pulgão Erisymi sp. nas fases de ninfa e adultos. O extrato de M. standleyi teve efeito inseticida somente na fase de ninfa de pulgões. O número de insetos mortos após a pulverização com extrato de M. charantia não diferiu do tratamento controle. O extrato de Q. amara apresenta efeito inseticida sobre o pulgão, praga chave em hortaliças, nas fases de ninfa e adulto.