Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcos Paulo Leite da |
Orientador(a): |
Silva, Franceli da |
Banca de defesa: |
Fancelli, Marilene,
Castro, Daniel Melo de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias
|
Departamento: |
CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/522
|
Resumo: |
A utilização de extratos vegetais tem sido uma alternativa na substituição aos inseticidas químicos que ao longo do tempo tem causado diversos desequilíbrios ao meio ambiente e à saúde humana. O presente trabalho objetivou avaliar a bioatividade de extratos vegetais no controle do pulgão preto dos citros e a seletividade sobre os inimigos naturais e insetos benéficos utilizando três formas de extração. Folhas e galhos contendo os pulgões coletados no campo foram amarrados nas mudas para que ocorresse a infestação artificial de forma tal que a transferência do inseto-praga ocorresse de forma gradual e sem causar danos ao seu aparelho bucal ou qualquer tipo de estresse. Para o preparo dos extratos aquosos foram utilizados rizomas, folhas e frutos in natura das plantas. Utilizou-se balança com capacidade de até 500 g para pesagem das partes das plantas e um liquidificador doméstico contendo volume determinado de água destilada para facilitar a trituração e, posteriormente, filtragem do material por meio de tecido tipo voil. As partes in natura das plantas foram pesadas e depositadas em becker coberto com papel alumínio e vedado com uma placa de Petri visando reter o vapor e, dessa forma, impedir a perda do princípio ativo, aqueceu-se até de 100ºC durante 3 minutos em aquecedor magnético. Posteriormente, o extrato foi deixado esfriar até temperatura ambiente e filtrado, sendo em seguida aplicado sobre o inseto-alvo. Para o experimento em campo foram confeccionadas e montadas gaiolas de campo com as dimensões de 100 X 70 X 70 cm forradas com tecido voil. Os recipientes com as mudas infestadas com pulgões foram colocadas sobre polipropileno branco e na base do saco das mudas se colocou disco de polipropileno branco com o objetivo de facilitar visualização dos pulgões mortos caídos após a aplicação dos extratos. Os extratos foram aplicados com pequeno pulverizador de polietileno com capacidade para 10 mL de forma direta aos insetos de baixo para cima na face abaxial das folhas de citros e nos brotos infestados até distância de 10 cm. A aplicação foi feita até ponto de escorrimento, totalizando um volume de 5 mL/muda. Joaninhas foram criadas em abóbora cv. Jacarezinho infestada com cochonilhas Planococcus citri Risso como alimento (presa) para o predador. A metodologia de criação foi adaptada visando aumentar o número de insetos para a realização dos experimentos. A adaptação do referido método consistiu simplesmente em fornecer alimento ao predador diretamente em vasos e, dessa forma, os adultos de C. montrouzieri eram estimulados a consumir quantidade maior de cochonilhas (presas) e ainda utilizavam o local como substrato para oviposição facilitando o manejo da criação devido à facilidade de obtenção de maior número de ovos e larvas do predador. As abelhas foram coletadas e colocadas em vasos de polietileno transparentes com a tampa perfurada e conduzidas ao laboratório de apicultura onde foi realizado o experimento. As abelhas foram mantidas durante o período de três minutos em congelador com o objetivo de facilitar o manuseio. Com o auxílio de uma pinça as abelhas foram retiradas dos potes e colocadas em placas de Petri forradas com papel filtro, previamente umedecidas com extrato aquoso de gengibre ou mastruz. No interior da placa de Petri foram colocados tubos de ensaio contendo solução de água açucarada a 30% e tamponado com algodão. O extrato aquoso a frio de gengibre após o período de 48 horas da aplicação constatou-se que o índice de sobrevivência nas concentrações 0,4, 0,5 e 0,6 g/mL-1, respectivamente, diminuíram para 17%, 23% e 11% o que implica do ponto de vista prático, sua utilização concentrada nas primeiras 48 horas após o preparo. O extrato aquoso de mastruz provocou mortalidade significativa nas concentrações 0,5 g.mL-1 (12,6%) e 0,7 g.mL-1 (19,2 %) e 0,6 g.mL-1 (27,4 %). A pesar do menor impacto causado pelos extratos de plantas por seres biodegradáveis e menor tempo de permanência no ambiente, pode-se perceber na avaliação da seletividade dos extratos vegetais estudados neste trabalho provocou toxidade em insetos adultos de Apis mellifera e Cryptolaemus montrouzieri. Dessa forma podemos concluir que os extratos de mastruz e gengibre podem ser utilizados para controlar pulgão preto dos citros, porém devem ser observados se esses insetos-praga estão causando dano econômico e evitar a aplicação nos períodos de reprodução dos citros no qual as abelhas visitam as flores. |