Legado e reconhecimento: trajetórias de preservação da correspondência da prisão de Luiz Carlos Prestes (1936-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Cristiéle Santos de
Orientador(a): Gastaud, Carla Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/13083
Resumo: Esta tese tem como objeto de estudo as trajetórias de preservação da correspondência da prisão de Luiz Carlos Prestes. Escritos entre os anos de 1936 e 1945, as cartas, os bilhetes e os telegramas que integram essa correspondência foram preservados por meio de diferentes ações, agentes e instituições ao longo de mais de oito décadas em diferentes trajetórias de preservação. Assim, o objetivo desta investigação foi o de compreender como, e a partir de quais relações de reconhecimento, essas trajetórias de preservação se constituíram, desde sua escritura até a sua publicização e/ou salvaguarda institucional. A noção de “rastro” pensada por Ginzburg (1989; 2007) a partir de uma dialética do indício e do testemunho, ofereceu a lente teórica por meio da qual o texto epistolar foi lido nesta pesquisa, permitindo uma leitura indiciária dos testemunhos, e uma leitura testemunhal dos indícios. Em complemento, a noção de “reconhecimento”, tal como trabalhada por Ricoeur (2006), permitiu que a partir desses rastros as relações existentes entre os sujeitos da correspondência, seus herdeiros, as instituições no interior das quais as cartas foram produzidas ou circularam, e a sua preservação, pudessem ser pensadas como parte do mesmo processo. Nesse sentido, o texto epistolar publicado, as memórias e biografias dos correspondentes, a história das instituições e dos poderes que atravessaram as suas vidas, foram pensados como fios que entrelaçados compõem o tecido narrativo dessa história de preservação.