Oficina expressão do sensível pais e filhos: uma abordagem junguiana da arte na saúde mental através do mapa astral no CAPS-i da cidade de Pelotas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martinelli, Maria Stella Weikamp
Orientador(a): MARTINELLI, Maria Stella Weikamp. Oficina expressão do sensível pais e filhos: uma abordagem junguiana da arte na saúde mental através do mapa astral no CAPS-i da cidade de Pelotas. 2016. 192 f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2016., Azevedo, Cláudio Tarouco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Departamento: Centro de Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3683
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo investigar de que modo a arte influencia para fortalecer os laços afetivos dos usuários do serviço de Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPS-i) da cidade de Pelotas, RS. O CAPS-i é um serviço do Sistema Único de Saúde da Rede de Atenção em Saúde Mental da Prefeitura Municipal de Pelotas, tem como missão desenvolver um trabalho amparado nas novas diretrizes de atendimento à comunidade infantojuvenil que sofre de transtornos mentais graves. O estudo qualitativo foi desenvolvido nas oficinas de arte do CAPS-i de Pelotas, por meio de práticas artísticas e corporais. A metodologia no decorrer do processo se delineou como método da cartografia, o qual possibilitou, não apenas analisar os dados produzidos pelos usuários do serviço de maneira rizomática (Gilles Deleuze), mas também acompanhar os processos investigativos e as próprias implicações da pesquisadora. Foi realizada uma entrevista e observações nos Centros de Referência em Saúde Mental do Rio Grande do Sul. A produção dos dados ocorreu de setembro a dezembro de 2015, por meio das oficinas Caixa de Pandora e Minotauro, em que os mitos falam sobre sentimentos, uma oportunidade das crianças experimentá-los de forma lúdica através da linguagem do corpo. A oficina Imagens do Inconsciente possibilitou um estudo sobre mandalas e astrologia, que promoveu subjetividades no grupo, experimentadas por meio da linguagem corporal e simbólica. Para a criação dessas oficinas, contemplei os conhecimentos de Carl Gustav Jung e Nise da Silveira, autores que durante longo tempo investigaram as relações entre os processos que se desenrolam no inconsciente e os sentimentos de pessoas em sofrimento psíquico. João Francisco Duarte Jr. atenta para a importância de uma educação da sensibilidade. Para ele uma sociedade não pode estar centrada apenas na razão pura; a experiência artística possibilita a criação de conhecimentos e saberes mais amplos, relacionados a sentimentos humanos. Os estudos de Félix Guattari contribuíram para pensar as oficinas de forma a agregar conhecimentos e saberes, por meio de um grupo diversificado composto por mães e filhos. A pesquisa resultou na criação da “Oficina Expressão do Sensível, Pais e Filhos” já em desenvolvimento no CAPS-i. Uma oportunidade para se repensar as práticas de cuidado na área da saúde mental, além de reafirmar a arte como promotora de saúde integral, corpo, mente e espírito.