Imago Signorum: a doutrina do homem microcosmo nas ilustrações médico-astrológicas entre os séculos XIV e XVI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendes, Jefferson de Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Artes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16504
Resumo: As relações que se estabeleceram entre os conceitos de macrocosmo e microcosmo partindo do impacto das imagens astrológicas para a Primeira Época Moderna (do século XIV ao século XVI) entrelaça-se com o problema do conhecimento e seu embate com o problema da liberdade. Dessa forma, a iconografia do homem zodiacal – contida nos calendários cosmológicos, nos almanaques médicos ou até mesmo em livros de horas – evidencia a vontade de ordenação e orientação cósmica, por parte do ser humano, numa tentativa em manter relações com o incognoscível. Com a recepção da Sphaera barbarica a partir século XII, e posteriormente nos círculos artísticos e eruditos do século XIV em diante, orientar-se pelo cosmo tornara algo imprescindível para o homem inserido nessa sociedade. As primeiras representações do homem zodiacal evidenciavam claramente a ideia do homem como extensão do cosmo, como uma pequena instância que era regida pelo firmamento. Para compreender o impacto das doutrinas astrais na cultura ocidental deve-se atentar para a sobrevivência do conceito de melothesia – provinda a antiguidade tardia – que é a divisão do corpo humano pelos influxos astrais e como isso afetara todo um debate teórico sobre o determinismo astral no cotidiano humano. Assim, partindo da tentativa de estabelecer uma relação de causa/efeito entre os ditâmes astrais (deuses, demônios, astros, planetas e o zodíaco) verificara, de certa maneira, como a astrologia estava intrinsecamente relacionada com as ações humanas e vice-versa. Posto isso, tentar compreender as regiões obscuras do mundo que o circundava, tornava-se questão primordial para homem e sua relação com cosmo. Com isso um ferrenho debate desenvolvera-se em torno da aplicabilidade do fatalismo astral pela qual todo ser humano estava fadado a suportar. Contudo, esse processo orgânico se transforma justamente a partir do momento onde o homem deixava-se influenciar pelo macrocosmo. Assim ele percebera que o incognoscível astral – de alguma forma – impactava e determinava certos processos naturais do meio da qual circundara.