O (des)montar por um salto: para um percurso de ressignificação do conto de fada “Cinderela”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Martini, Viviane
Orientador(a): Silva, Daniele Gallindo Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4076
Resumo: O processo de construção social do sujeito se estabelece muito cedo, muito antes dele entender que está fazendo parte dele. Assim, os contos de fada, ao serem apresentados, irão auxiliar na construção de identidades, pois neles encontramos uma repetição de normas, que são mantidas pela tradição, favorecendo “as noções patriarcais e reacionárias de gênero, etnia, comportamento, e classe social” (ZIPES, 2006, p. 2). Nesse sentido, percebemos que nessas narrativas há uma falta de representatividade de corpos. Autoras feministas, buscando um meio de repensar ou ressignificar os contos de fada, propuseram processos de rewriting, que fugissem dos estereótipos de gênero e ideologias patriarcais. Esse trabalho, partindo de versões anteriores – Giambattista Basile, Charles Perrault e Jakob e Wilhelm Grimm (Irmãos Grimm), e também da animação dos Estúdios Walt Disney – realiza um estudo comparado de cinco rewritings de Cinderela – Lee, When the Clock Stikes (1983), Donogue, The Tale of the Shoe (1997), Walker, Cinder-Helle (1996), Yolen, Cinder-Elephant (2000), Block, Glass (2000)–, tendo como base os conceitos de identidade feminina, corpo e montaria do feminino. Para tanto, nosso aporte teórico centra-se em conceitos oriundos dos estudos de gênero, principalmente a noção de performatividade de Judith Butler, e dos estudos queer. O foco é, portanto, a representação do corpo feminino na figura da protagonista, visto que analisamos a construção do gênero a partir da montaria para o baile e as relações estabelecidas com o pai, a mãe, a madrasta, as irmãs, e o príncipe.