O falar dos comerciantes brasileiros na fronteira de Jaguarão-Río Branco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gonçalves, Dania Pinto
Orientador(a): Mozzillo, Isabella Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/123456789/2173
Resumo: A zona fronteiriça do Brasil-Uruguai é uma região plurilíngue, que contém, além das línguas nacionais - o português e o espanhol-, os Dialetos Portugueses do Uruguai (DPU). Os DPU, falados pelos fronteiriços uruguaio, são dialetos de base lusitana com influência da língua espanhola, assim denominados por considerar-se essa variedade uma variedade do português padrão. Nesse âmbito, localizam-se as cidades gêmeas de Jaguarão-Río Branco, que se constituem, portanto, de um bilinguismo societal, pois é comum ver seus moradores manejarem as duas línguas nacionais. O manejo desse par de línguas se torna evidente no comércio, mais especificamente em nosso estudo no comércio jaguarense. No lado fronteiriço brasileiro a comunicação se dá com o brasileiro ou uruguaio local. Desse modo, as práticas linguísticas fronteiriças brasileiras incluem o fenômeno do code-switching. O code-switching ou alternância de códigos é um comportamento linguístico característico de indivíduos bilíngues, que são capazes de alternar seus sistemas linguísticos com interlocutores que dividam o mesmo par de línguas. Esta dissertação pretende ajudar a ampliar os estudos fronteiriços do lado brasileiro, descrevendo a prática linguística de 40 comerciantes jaguarenses, que foram entrevistados e tiveram seus estabelecimentos gravados a fim de captar as vendas com os clientes uruguaios. Controlamos nesta pesquisa três variantes: gênero, tempo de serviço e estudo de espanhol em alguma instituição de ensino. Além de descrever a prática linguística do comerciante brasileiro, também buscamos identificar qual a atitude linguística do grupo para com o seu falar, com o intuito de verificar se possuíamos uma comunidade bilíngue com ou sem diglossia.