O arroio, a rua, o verde e a vida: cartografia do caminhar nas bordas do arroio Pepino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Machado, Valentina
Orientador(a): Rocha, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6910
Resumo: Os rios e arroios que atravessam as cidades correspondem a elementos estruturantes da paisagem urbana e são, na maioria das vezes, considerados como limites para a expansão do meio urbano. Um território diferenciado e complexo, centro de questões ambientais conflituosas. O rio urbano e a cidade são paisagens mutantes e entrelaçadas e é preciso lançar um olhar à cidade contemporânea que considere a inter-relação entre as instâncias do meio urbano e do ambiente natural. A fragilidade dos recursos naturais deve ser encarada como uma oportunidade para investigar novas possibilidades, buscando uma dimensão adicional para a compreensão da cidade. Desta forma através da aproximação das teorias do urbanismo ecológico e da filosofia da diferença se pretende realizar um estudo sobre as bordas do arroio Pepino na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, com o objetivo geral de analisar o uso dos espaços livres às margens do arroio para tornar dizíveis as relações estabelecidas entre o meio social e meio natural nestas margens. O método adotado consiste na cartografia, utilizando como principal procedimento a caminhada. As descobertas sobre os espaços percorridos apontam a existência de três platôs, regiões de intensidades diferentes entre si que geram, principalmente, forças de repulsão no alto curso do arroio e de atração no baixo curso, enquanto na sua porção média essas forças coexistem. A pesquisa destaca a relevância das questões descobertas através da cartografia indicando pistas de como as interações entre as pessoas e meio natural remanescente em bordas molhadas afetam as possibilidades de uso nestes territórios.