Fotografias de casamento: memórias compartilhadas a partir de acervos pessoais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schneid, Frantieska Huszar
Orientador(a): Michelon, Francisca Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5422
Resumo: Este estudo pretende investigar, em fotografias de casamentos de 1940 a 1969, as formas de um rito de passagem que se apresenta, nessas imagens, como poses, personagens e cenários. Quanto aos recortes temporal e espacial, ambos são moventes, porém, não imprecisos e estão condicionados à teia de relações dos sujeitos pesquisados. O recorte temporal justifica-se pelo fato de que, no período abarcado, havia o hábito de compartilhamento das fotografias entre amigos e familiares. Já o recorte espacial, a própria teia formada através do conjunto e sequência das fotos o delimita. O referencial teórico apresentado aborda o casamento como rito compartilhado, no qual as fotografias do evento assumem um formato colaborativo para a memória familiar, bem como tudo que está presente no universo destas fotografias: materiais, fotógrafos, ateliers fotográficos, cenários em que foram registradas as fotos, poses dos fotografados, objetos que compõem a cena e traje, destacando o vestido de noiva. O casamento, neste período e sociedade, é um evento que reunia os envolvidos em um rito afirmativo que se desejava compartilhar. A fotografia cumpria tanto a função de registro como possibilitava que o compartilhamento fosse estendido para além da sua ocorrência. A metodologia estrutura-se em estudo de caso: um método da abordagem de investigação, que consiste na utilização de um ou mais métodos qualitativos de recolha de informação e não segue uma linha rígida de investigação. Caracteriza-se por descrever um evento ou caso de uma forma longitudinal. Os métodos utilizados são: revisão bibliográfica - sobre memória, fotografia, família, mulher e casamento - e análise das fotografias do acervo em questão. Pretende-se, por fim, verificar como o registro da imagem permite que famílias acumulem durante anos fragmentos capazes de constituírem-se como um lugar de memória.