Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Martins, Rafaela Costa |
Orientador(a): |
Hallal, Pedro Rodrigues Curi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10487
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Resumo: |
As doenças crônicas não-transmissíveis estão aumentando e muitas mortes podem ser atribuídas à inatividade física. A transição epidemiológica que aconteceu a partir dos anos 50 mudou o foco das intervenções em saúde no mundo. No Brasil, um país extremamente grande, é difícil estimar o nível de atividade física, por falta de um estudo populacional bem desenvolvido ou em virtude da ampla variação regional. As áreas urbanas geralmente ganham maior destaque para avaliação de condições de saúde por contemplarem a maior parte da população. Assim, faltam estudos que objetivem especificamente avaliar condições de saúde dos moradores da zona rural, os quais apresentam também altas prevalências de morbimortalidade com especificidades em sua distribuição e determinação. Com relação à prática de atividade física, a escassez de investigações na zona rural é notória. Esse dado confirma a necessidade de maiores evidências sobre a população rural, uma vez que poucos estudos populacionais são encontrados na literatura. No entanto, grande parte das evidências acumuladas são referentes a espaços urbanos. A zona rural, especialmente em países de renda média e baixa, pode apresentar condições comportamentais, individuais e sociais completamente diferentes. Quatro em cada cinco moradores da zona rural de Pelotas fazem pelo menos uma hora e meia de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por semana, atingindo o nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para adultos. A proporção de pessoas ativas no domínio do trabalho é cinco vezes maior do que no domínio do lazer na zona rural do município. Com base no exposto, para a promoção da saúde populacional na zona rural é de extrema importância evidenciar os níveis de atividade física da população, bem como fatores passíveis de intervenções que podem influenciar este comportamento. A temática atividade física e saúde vem ganhando espaço no cenário da saúde pública brasileira e mundial, especialmente a partir da década de 90. O estudo investigou a prevalência de atividade física na zona rural e a influência de fatores sociodemográficos e ambientais sobre o comportamento fisicamente ativo. As diferenças socioeconômicas também tiveram influência sobre a prática de atividade física na zona rural. A maioria dos ativas no lazer estão no grupo de renda mais rico, têm nove anos ou mais de escolaridade e ocupação não-rural. Em contraste, a maior parte dos ativos no trabalho estão no penúltimo grupo de renda, têm entre cinco e oito anos de escolaridade e ocupação com trabalho rural. Apenas 12,8% dos trabalhadores com ocupação rural praticavam alguma atividade física no lazer. "A saúde do trabalhador rural deve receber atenção especial, já que o trabalho regular acontece em ritmo intenso, ocupando, muitas vezes, mais da metade do dia. Quanto aos fatores ambientais, tanto a percepção de segurança contra crimes quanto a vitimização não tiveram influência sobre os resultados. "Embora a tendência provavelmente seja a de aumento do número de pessoas inseguras em relação à violência na zona rural, a baixa prevalência de participantes que relataram se sentir inseguros resultou em um pequeno tamanho de amostra para essas análises. |