Qualidade da dieta de moradores da zona rural do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fernandes, Mayra Pacheco
Orientador(a): Fassa, Anaclaudia Gastal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10456
Resumo: Devido à transição epidemiológica ocorreram grandes mudanças nos processos de saúde e doença no Brasil, que interagem com fatores demográficos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Além das doenças infecciosas ocorrendo um aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) dentre estas doenças existem doenças principais estão as doenças cardiovasculares, os cânceres, o diabetes, as doenças respiratórias crônicas e as doenças neuropsiquiátricas. Essas se destacam, pois têm gerado elevado número de mortes prematuras, perda da qualidade de vida, incapacidades e alto grau de limitação nas atividades de trabalho e lazer. O tabagismo, o consumo abusivo de álcool, o excesso de peso, os níveis elevados de colesterol, a dieta inadequada e a inatividade física, estão entre os principais fatores associados com as DCNT. Em razão da rápida urbanização, mudanças na composição etária e presença de mulheres na força de trabalho ocorreram modificações nas despesas e na aquisição de alimentos das famílias brasileiras nos últimos anos. Além disso, ocorreram marcadas mudanças na alimentação da população brasileira, devido ao aumento do consumo de alimentos industrializados prontos para o consumo em substituição de alimentos “tradicionais” como arroz, feijão, mandioca, batata, legumes e verduras. Os moradores da zona rural apresentam melhor qualidade da dieta quando comparados com os da zona urbana, devido ao maior consumo de alimentos tradicionais como arroz, feijão, batata-doce, mandioca, farinha de mandioca, frutas e peixes. Na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, o consumo regular (cinco ou mais dias da semana) de frutas/hortaliças e feijão foi de 31,2% e 76,3%, respectivamente, na zona rural. Já na zona urbana, para os referidos itens, foi de 38,2% e 71,2%, respectivamente. Entre os alimentos com alto teor de gordura e açúcar, se observou um alto percentual de consumo entre os indivíduos da zona rural, os quais ingerem carne ou frango com gordura (45,8%), leite integral (62,2%), consumo regular de refrigerante (13,1%) e, doces (19,5%). O consumo alimentar pode ser influenciado pela renda. Famílias com menor renda apresentam melhor qualidade da dieta, com predomínio do consumo de alimentos básicos (arroz, feijão, peixes e milho). Porém conforme aumenta a renda das famílias ocorre maior consumo de alimentos de baixa qualidade nutricional, como doces, refrigerantes, pizzas e salgados fritos e assados. Diante do exposto, este estudo objetiva avaliar o consumo alimentar de adultos moradores na zona rural de Pelotas/RS.