Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Xavier, Mariana Otero |
Orientador(a): |
Santos, Iná da Silva dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10616
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Resumo: |
Este estudo está aninhado ao consórcio de Mestrado do biênio 2015/2016 do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas. Por meio de um inquérito transversal de base populacional, entre janeiro e junho de 2016 foram coletados dados de 1.519 indivíduos de 18 anos ou mais de idade, residentes na zona rural de Pelotas, com objetivo de estimar a prevalência de tabagismo e sua relação com fatores socioeconômicos, demográficos, comportamentais e de saúde. Foram selecionados aleatoriamente 24 dos 50 setores censitários que compõem os oito distritos rurais do município. Foram considerados tabagistas aqueles que fumavam um ou mais cigarros por dia há pelo menos um mês e os que declararam haver parado de fumar há menos de um mês. As variáveis independentes incluíram nível socioeconômico, escolaridade, trabalho atual, sexo, idade, cor da pele, situação conjugal, rastreio para transtorno relacionado ao consumo de álcool, prática de atividade física, estado nutricional, presença de sintomas depressivos e autopercepção de saúde. Também foram investigadas algumas características dos fumantes atuais, como: idade de início do vício, duração, número de cigarros fumados/dia, carga tabágica e tipos de cigarros consumidos. Foi calculada a prevalência de tabagismo com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Para análise foi realizada regressão de Poisson para obtenção das razões de prevalências brutas e ajustadas com IC95%. Como principais resultados, ressaltam-se: a prevalência de tabagismo foi de 16,6% (IC95% 13,6; 20,0%), sendo maior nos homens (21,9% vs. 11,6%, nas mulheres). As prevalências também foram superiores entre os indivíduos de classe econômica D/E, naqueles com 5-8 anos de escolaridade, na faixa etária de 30-59 anos, entre aqueles que apresentavam rastreio positivo para transtorno relacionado ao consumo de álcool e que consideraram sua saúde ruim/muito ruim. Indivíduos que estavam com sobrepeso ou obesidade apresentaram menores prevalências de tabagismo, quando comparados aos eutróficos. Ademais, o tabagismo iniciou em média aos 17 anos e o número médio de cigarros fumados/dia foi cerca de 14. A carga tabágica média foi de 22 maços/ano e o tipo de cigarro mais consumido entre os adultos da zona rural de Pelotas foi o de papel enrolado à mão (57,6%). Em síntese, a prevalência observada esteve próxima à encontrada na área rural do Brasil como um todo e os achados reforçam as desigualdades sociais relacionadas ao vício tabágico. A partir desse estudo foi possível traçar um perfil dos usuários de tabaco na zona rural de Pelotas e esses dados poderão ser úteis para os gestores locais de saúde, para subsidiar ações de combate ao tabagismo. Neste volume constam: o projeto de pesquisa, seguido do relatório de trabalho de campo, as alterações realizadas no projeto original de pesquisa, o artigo original, a nota para a imprensa e os apêndices e anexos, os quais incluem o protocolo de aceite do Comitê de Ética em Pesquisa, o termo de consentimento livre e esclarecido do estudo, o questionário utilizado na coleta de dados, o manual de instruções e as normas de publicação da Revista de Saúde Pública, para a qual será submetido o artigo desta dissertação. |