Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Malhão, Eugênia Carrera |
Orientador(a): |
Silva, Alexandre Emidio Ribeiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10508
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Resumo: |
Com o surgimento do novo coronavírus e a pandemia da COVID-19, diversas atividades precisaram ser repensadas, entre elas, a prática odontológica. O objetivo do presente estudo foi mensurar o número de atendimentos odontológicos prestados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil no final do segundo ano de pandemia e os seus fatores associados. Trata-se de um estudo de acompanhamento realizado entre novembro e dezembro de 2021, momento em que mais de 60% da população brasileira encontrava-se vacinada para a doença. O estudo base foi realizado entre julho e agosto de 2020 e buscou-se, no acompanhamento de 2021, avaliar os mesmos respondentes da primeira etapa da pesquisa. Trata-se de um estudo longitudinal com análise de dados transversais elaborado a partir da aplicação de questionário aos cirurgiões-dentistas atuantes nas UBS do Sistema Único de Saúde (SUS). A variável desfecho do estudo foi o número de pacientes atendidos nas UBS por turno no momento anterior à pandemia comparado com o momento da realização do estudo. As variáveis de exposição foram sociodemográficas; relacionadas aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) fornecidos aos profissionais; realização de teletriagem pré-atendimento; e, por último, o sentimento dos dentistas em relação ao atendimento odontológico. Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico Stata® 12.0. Foram realizadas as análises descritivas, bivariadas e análise multivariável utilizando regressão de Poisson, sendo calculadas Razões de Média (RM) e Intervalos de Confiança de 95% (IC95%). Foram avaliados 416 dentistas. No que se refere aos atendimentos odontológicos houve uma redução média de 22% do número de atendimentos em relação ao momento anterior à pandemia. Possuir entre 16 e 20 anos (RM 0,78; IC95% 0,64-0,95) e 21 anos ou mais de formado (RM 0,75; IC95% 0,62-0,91), além de não ter cursado especialização após a graduação (RM 0,80; IC95% 0,70-0,92) estiveram associados à diminuição do número de atendimentos odontológicos. Esses achados servem de alerta para que os gestores de saúde possam oferecer e estimular ações de educação permanente aos profissionais, a fim de que estes estejam mais preparados para continuar prestando atendimentos em momentos de emergências sanitárias, como em uma pandemia. |