Impacto da pandemia de COVID-19 no ensino odontológico dos cursos de graduação das instituições públicas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Larissa da Costa e
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3087568803620271, https://orcid.org/0000-0002-1026-8196
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Odontologia
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8302
Resumo: A pandemia de COVID-19 alterou os protocolos e diretrizes de atendimento aos pacientes na área de Odontologia, uma vez que o ambiente ambulatorial é de alto risco de contaminação. Do ponto de vista do ensino superior em odontologia os impactos a longo prazo ainda são desconhecidos. Esta pesquisa avaliou o impacto e as estratégias de funcionamento que os cursos oficiais de graduação públicos e gratuitos de Odontologia no Brasil adotaram durante a pandemia do COVID-19. Este estudo é um subprojeto delineado como uma pesquisa observacional descritiva de corte transversal do tipo Survey, (CAAE n°: 31939920.7.0000.5418). O levantamento dos cursos foi realizado pelo site público do sistema E-MEC no mês de maio de 2020. As coordenações de curso foram contatadas via e-mail e convidados a responderem um questionário online formado por oito perguntas, baseadas nos domínios: suspensão de atividades acadêmicas, atividades mantidas, alternativas de ensino oferecidas e planejamento de mudanças pós-pandemia. Os dados das respostas dos questionários foram analisados por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa) e analítica (teste de correlação de contingência C). As respostas foram recebidas durantes os meses de maio e junho de 2020. A taxa de resposta dos cursos públicos foi 100% (n=57). A maioria dos cursos (62%) suspendeu todas as atividades acadêmicas, e uma pequena parcela manteve apenas os atendimentos de emergência. A minoria dos cursos suspendeu somente as atividades práticas e manteve as teóricas remotamente (38%), utilizando as ferramentas virtuais como Google Meet ou outros. Grande parte dos cursos (50%) estão viabilizando discussões para garantir a formatura dos alunos finalistas, e os que continuaram com alguma atividade estavam adaptando meios alternativos de frequência e avaliação dos estudantes. O planejamento para o retorno das aulas envolve principalmente planejamento para o retorno gradual das atividades com protocolos de distanciamento (78%) e revisão dos protocolos de biossegurança para os atendimentos clínicos (87%) e a longo prazo reformas e adaptações nos ambulatórios (75%). Não houve correlação entre a variável “localização geográfica” (Coef. C = 0.263; p =1.00); ou desempenho do ENADE (Coef. C = 0.397; p = 0.53); com o funcionamento ou não do curso durante a pandemia ou com o tipo de planejamento que os cursos tinham para a retomada das atividades práticas pela região (Coef. C = 0.231; p = 1.00) ou resultados do ENADE (Coef. C = 0.326; p = 0.96). A pandemia teve impacto direto no funcionamento dos cursos de Odontologia brasileiros, ocasionando na paralisação total das atividades práticas, e migração das atividades teóricas para salas virtuais.