Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Milan, Letícia Portella |
Orientador(a): |
Gill, Lorena Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4172
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Resumo: |
Os diários se constituíram como modos típicos da escrita de si feminina. Desde que as mulheres conquistaram o direito à alfabetização, muitas utilizaram da prática da escrita como um instrumento para se colocar no mundo e construir a si. Nesta dissertação é feita uma investigação histórica sobre os espaços de lazer e sociabilidade da elite pelotense, através dos diários íntimos de Clarice Tavares Xavier. Foram acessados os arquivos pessoais de Clarice e utilizado como fonte principal esse material datado entre os anos de 1954 a 1956. Clarice Tavares Xavier era uma jovem pertencente a uma tradicional família gaúcha que, através do seu olhar, descreve o seu cotidiano e as diferentes impressões que tinha sobre os lugares que frequentava na cidade de Pelotas. Em conjunto com fotografias e relatos orais busca-se compreender como as moças de elite circulavam nos espaços sociais que Clarice aponta em suas narrativas. O e1studo procurou analisar as sociabilidades e lazeres dos espaços privados, instituições educacionais, associações recreativas e locais públicos da cidade sob a perspectiva de um olhar feminino. Conclui-se, assim, que a imagem de si criada nos diários pessoais de Clarice Tavares Xavier pode ser entendida (e comparada), a partir do contexto social e dos espaços de lazer ocupados e usufruídos por essa mesma elite. A condição social e as regras estruturais de conduta e comportamento reservados às mulheres abastadas causa, portanto, impacto perceptível num modo de escrita que se pretende privado e particular. Acredita-se que a imagem pessoal cunhada nos diários é um caminho historiográfico importante para que se compreenda os espaços de lazer de elite, mas também como se forma uma dialética entre a expressão pessoal e as estruturas externas, típicas de um gênero e de uma classe específica. |