Simulações de crescimento urbano em planícies de inundação nas cidades de fronteira entre Brasil e Uruguai.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Baumbach, Flávio Almansa
Orientador(a): Polidori, Maurício Couto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7505
Resumo: O processo de crescimento urbano horizontal exige a modificação do ambiente natural para suportar as atividades urbanas, pois, a cidade, ao se expandir, engloba o ambiente urbanizando-o. O processo de urbanização, por sua vez, tem a característica de ignorar os cursos de água naturais e dependendo da intensidade da urbanização pode eliminar linhas de drenagem, interferindo, consequentemente, nas dinâmicas naturais. Ao mesmo tempo, cidades situadas próximas a grandes cursos de água, como rios, podem ser atingidas por eventos hidrológicos naturais, como enchentes e inundações. Esse é o caso das cidades limítrofes na fronteira entre o Brasil e o Uruguai: Jaguarão (BR) – Rio Branco (UY), Quaraí (BR) – Artigas (UY) e Barra do Quaraí (BR) – Bella Unión (UY), as quais tiveram seus núcleos originais implantados em áreas bem drenadas, mas que ao se expandirem, em seus processos de crescimento urbano, ocuparam áreas situadas em planícies de inundação. Essas cidades estão classificadas com alto grau de vulnerabilidade a inundações, sendo periodicamente atingidas por elas. Com base nisso, o trabalho propôs simular a expansão urbana das cidades citadas relacionando-as com as áreas inundáveis, a fim de identificar como ocorre o processo de crescimento urbano sobre as planícies de inundação. Para realizar as simulações de crescimento urbano futuro propostas, foram utilizados recursos de simulação computacional através da modelagem urbana com autômatos celulares. Para um tempo futuro de 40 anos, se não considerada a proibição de ocupação sobre as planícies de inundação, os resultados indicaram que Jaguarão (BR) e Rio Branco (UY) podem ter 30% de seu crescimento urbano sobre essas áreas, Quaraí (BR) e Artigas (UY), 70% e Barra do Quaraí (BR) e Bella Unión (UY), 14%. Ainda, Jaguarão / Rio Branco e Quaraí / Artigas apresentam tendência de crescimento concêntrico, enquanto Barra do Quaraí e Bella Unión apresentam propensão de crescimento linear.