Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Resende, Lorena Maia |
Orientador(a): |
Rocha, Eduardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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Departamento: |
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7424
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Resumo: |
Fronteira não é linha, nem demarcação meramente espacial ou temporal entre dois pontos ou territórios. Um lugar ou um território de fronteira é, por excelência, um território de devir. A necessidade de refletir sobre o conceito de Fronteira Internacional na contemporaneidade se faz emergente, uma vez que os discursos globalizantes sintetizam a fronteira como uma linha estática com elevado potencial comercial. Assim, a pesquisa, a partir da aproximação entre as teorias do urbanismo contemporâneo e da filosofia da diferença, tem como objetivo geral cartografar as travessias na linha de Fronteira Brasil-Uruguay, definido pelas cidades-gêmeas, utilizando como metodologia a cartografia urbana sensível; com a intenção de mapear esses fenômenos urbanos próprios da contemporaneidade e contribuir não para elaborar planos urbanísticos reguladores, mas sim para mudá-los, questioná-los, a possibilidade de criação a partir do menor das cidades, abrangendo leituras heterogêneas em um ato de criação como revolução. As cidades-gêmeas tem suas malhas urbanas contínuas ou descontínuas na linha de fronteira, apresentando morfologias e usos urbanos que vão de grandes intensidades a vazios. Lugares de vida em aberto e em fluxos. Questiona-se: como as estruturas (morfológicas) associadas às vivências (sensíveis) – hostipitaleiras – nas linhas fronteiriças das cidades-gêmeas Brasil-Uruguay criam possibilidades de dar novos sentidos aos lugares de interseção, o ponto de con(tato) dessas cidades? O método proposto pensa o espaço urbano como produtor de subjetividades sempre em processo, utilizando como procedimentos a experiência da pedagogia da viagem, análises da morfologia urbana, das formas de acolhimento e da própria cartografia, a sobreposição dos planos intensivos e extensivos através das collages, além de dar voz ao cidadão fronteiriço através de entrevistas. A pesquisa contribui para a compreensão dos acontecimentos, do que existe e do que resiste na linha de fronteira, mas não apenas em uma função recognitiva – conhecer e reconhecer o mundo e as coisas que o cercam – e sim, aprender com a diferença, tudo aquilo que foge dos padrões até agora estabelecidos. |