As marchas religiosas tomando as ruas de Pelotas (RS) : por vezes Orixás, por vezes Jesus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Campos, Isabel Soares
Orientador(a): Silva Neto, Francisco Luiz Pereira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8465
Resumo: A presente tese versa sobre a presença religiosa pública na cidade de Pelotas (RS), qualificando-a por meio de duas marchas religiosas de matrizes distintas: as Marchas contra a Intolerância Religiosa, cuja mobilização é organizada por lideranças da comunidade tradicional de terreiro pelotense; e a Marcha para Jesus, organizada por uma associação de pastores evangélicos da cidade. As marchas religiosas foram acompanhadas durante os anos de 2018 e 2019, o que levou a compreender a tomada de exercício das ruas como um espaço de produção e agência religiosa. A partir da presença das marchas religiosas nas ruas, a performatividade tornou-se categoria-chave para repensar acerca do lugar do religioso no espaço público e revelar as diferentes estratégias dos coletivos de se apresentarem publicamente. Sendo assim, a etnografia mostrou que a cada trajeto traçado pelas marchas religiosas surgiram movimentos discursivos e performáticos diferentes que redefiniram o mapa urbano, resultando em novos sentidos e percepções de uma cidade habitada por ações e corpos religiosos. No entanto, com o controle dos espaços públicos e o distanciamento social devido à pandemia no ano de 2020, a etnografia passou a traçar novas rotas para acompanhar o fazer-religioso que acabou desembocando na internet. Observando a atuação dos atores religiosos das marchas no espaço virtual, reafirmou-se uma relação entre as ruas presenciais e a virtualidade da internet na configuração do espaço público.