Narrativas Urbanas sobre o estar “em ônibus”: experiência cartográfica feminista.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Shirley Terra Lara dos
Orientador(a): Rocha, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Bus
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5782
Resumo: O trabalho lança sentidos cartográficos e feministas através da experiência urbana “em ônibus” percorrendo o tecido da cidade de Pelotas/RS. A pesquisa da experiência adotada potencializou um pensamento analítico errante e rizomático, que foi descoberto e produzido, durante a cartografia na cidade. Quando pesquisadora e plano de pesquisa se misturaram, afectos foram rastreados a partir de encontros do per(curso) do pensamento errante em ônibus. O objetivo geral da dissertação é mapear como os encontros cotidianos em ônibus podem auxiliar na apreensão do urbanismo feminista. Experienciando o per(curso) em ônibus durante o seu trajeto cotidiano da pesquisadora foram descobertos quatro procedimentos cartográficos potentes para apreensão urbana: per(curso) errante, colheita de fragmentos afectivos, narrativas urbanas e agenciamento dos mapas escritos. O mapeamento afectivo foi transfigurado em oito narrativas urbanas – mapas escritos. A análise cartográfica foi realizada a partir do agenciamento dos mapas escritos com a filosofia da diferença, teoria e crítica feminista, urbanismo feminista e outros materiais como, poesia e literatura. Como resultado confirmou-se o estar em ônibus como um potente método de pesquisa. A produção de narrativas urbanas agenciada às matérias feministas provoca novas pistas de pesquisa e epistemologias urbanas contra hegemônicas, quando próximas às pessoas historicamente invisibilizadas pelas disciplinas tradicionais urbanísticas. O estar em ônibus se apresentou, então, como um lugar de encontro que se movimenta pela cidade, mas que também contém em si, uma rede complexa de linhas particulares que quando observadas com atenção dizem sobre a produção de subjetividade. Rastros e pistas acerca da temática sobre mulher, mobilidade urbana e cidade foram apontados para experienciar outras formas de apreender a disciplina urbanística dentro e fora do universo acadêmico. Contudo, os estudos sobre a mobilidade urbana em Pelotas mostraram-se infindos do ponto de vista de quem cartografa o transporte público coletivo. Ainda mais, quando somados às questões feministas numa perspectiva de defesa do direito à cidade como um direito fundamental.