Som em Devir: Por uma cartografia sensível da paisagem sonora urbana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pons, Antonella dos Santos
Orientador(a): Rocha, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Som
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5237
Resumo: Este estudo exploratório desvenda fenômenos sociais e urbanos emergentes em um plano menos visível: a paisagem sonora urbana. Aborda maneiras sensíveis de romper o paradigma visual no campo da arquitetura e do urbanismo, compreendendo o elemento sonoro a partir da diferença, entendida como “vazamentos” ou rupturas em sistemas hegemônicos existentes. A metodologia desenvolvida propõe o encontro corporal com a cidade como via de superação do adormecimento sensorial presente na vida urbana e nos processos tradicionais de planejamento. Além disso, foi adaptada de forma a estabelecer conexões entre urbanismo, arte e estudos contemporâneos do som, tendo a filosofia da diferença como campo mediador e produtor de resultados. No centro da discussão, a paisagem sonora urbana é abordada a partir de três amplitudes: a produção musical urbana, a experiência corporal na cidade e a produção de territórios sonoros micropolíticos, investigadas através de experimentos realizados na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, e também em João Pessoa, Paraíba. Além dos experimentos, cada uma das amplitudes contém aproximações com artistas locais (de Pelotas) relacionados aos temas observados: um musicista, uma bailarina e um “pseudo-artista” criador de intervenções sonoras. Além de fornecer vias de reflexão e análise crítica da cidade a partir do som, suas produções localizadas às margens dos circuitos oficiais da música, da dança e da arte impulsionam entradas múltiplas e circunstanciais às temáticas investigadas. Realizando passeios sonoros com cada um deles, foram criados mundos possíveis, imaginados e fabulados, distribuídos em crônicas ao longo da pesquisa. A cartografia sensível entre corpo, cidade e paisagem sonora tem como resultado o mapeamento da potência de pensamento produzida sobre este plano invisível, desvendando tecidos não apreendidos em vistas superiores ou imagens de satélite, explorando novas táticas de apropriação do espaço urbano como vias alternativas aos processos tradicionais.