Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Alana Soares |
Orientador(a): |
Hennigen, Ines |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115061
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Resumo: |
Partindo do cenário da hiperconectividade, condição de conexão contínua e generalizada na qual o sujeito está imerso através de dispositivos móveis conectados à internet, problematizo, nesta pesquisa, que processos de subjetivação estão implicados no compartilhamento de atualizações nas redes sociais na internet através de escritas instantâneas. Realizo tal problematização através de uma cartografia que se traça na deriva pelas redes digitais e “fora delas”, registrada sob a forma de diários de bordo móveis e desterritorializados. Neste percurso, analiso primeiramente que novos agenciamentos estão se engendrando entre os humanos e suas máquinas tecnológicas, atentando para a imaterialidade das conexões e para as possibilidades de interação à distância que criam novas concepções sobre estar próximo ou distante, só ou acompanhado. Voltando-me a pensar na temporalidade imediatista que permeia várias esferas da vida contemporânea, problematizo que marcas a urgência e a intolerância à espera imprimem nessas formas de nos subjetivarmos através do compartilhamento de escritas móveis. Tal questão é explorada a partir do desdobramento de quatro pontos: a mobilidade dos dispositivos e as possibilidades da escrita desterritorializada; as escritas fragmentadas e instantâneas que se configuram como novas formas de relatar uma vida enquanto ela acontece; a experimentação de novas modalidades de conversas a partir dos aplicativos de chats móveis que nos permitem “falar pelos dedos”; e os jogos de visibilidade e invisibilidade nos quais o sujeito se insere ao expor sua vida na rede, porém atentando não para uma “espetacularização” da subjetividade, mas para as possibilidades de habitar o ciberespaço e produzir processos de singularização. Por fim, questiono-me que possibilidades ainda restam de sentir, afetar-se e expressar-se através do corpo superestimulado do sujeito esgotado pelos excessos da hiperconectividade. A necessidade de reapropriação e ressingularização da mídia, como proposto por Guattari, é tomada para pensar nas linhas de fuga da onde emergem as possibilidades de multiplicar os modos de existir na singular experiência de navegar pelo ciberespaço. |