Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dias, Tábata Pereira |
Orientador(a): |
Cleff, Marlete Brum |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15489
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Resumo: |
A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença parasitária vetorial que está em franca expansão geográfica com registro de casos autóctones no Rio Grande do Sul (RS) desde 2006. Áreas indenes, como o município de Pelotas, Rio Grande e Bagé não fazem parte da vigilância epidemiológica ativa para LVC, mas a região conta com fatores predisponentes para a implantação da doença. O conhecimento de profissionais de saúde que atuam em áreas endêmicas para LV com frequência é reportado nos estudos como insuficiente e acredita-se que em áreas indenes a situação seja ainda pior, o que tem consequências na prevenção e controle da enfermidade. Diante do exposto, considerando a relevância dos cães como sentinelas da presença de Leishmania infantum nos municípios, a expansão da LV no RS e a relevância dos médicos veterinários como promotores da saúde, foram objetivos desse trabalho: realizar inquérito soroepidemiológico em amostras de soro dos cães atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas (HCV-UFPel), situado no município de Capão do Leão e referência na região e avaliar o conhecimento dos médicos veterinários que atuavam nos municípios de Pelotas e Rio-Grande no RS sobre a parasitose. O inquérito ocorreu no período de três anos, seguindo-se o protocolo vigente do Ministério da Saúde (MS). No total, 2365 amostras de animais assintomáticos foram testadas e dessas 0,8% foram sororreagentes no teste de triagem Dual Path Platform (DPP®). Das amostras reagentes no DPP®, 37% foram sororreagentes no ELISA (Bio-Manguinhos®), uma foi inconclusiva (5,2%), 42% negativas e para 21% não foram feitos os testes confirmatórios. Foram realizadas entrevistas individuais com 40 médicos veterinários através da aplicação de questionário incluindo perguntas sobre o profissional (2/17), epidemiologia (6/17), diagnóstico (7/17) e eutanásia na LVC (2/17). Dos entrevistados, 42,5% acreditavam que a LV é contagiosa, 95% deles conheciam o agente etiológico, 60% conheciam o vetor e 90% o reservatório urbano. Vinte (50%) veterinários solicitariam o teste padrão-ouro (parasitológico) ao suspeitarem de um caso, e 97,5% não tinham o conhecimento de que o DPP® é um teste exclusivo da vigilância epidemiológica. Metade (20) dos inqueridos não sabia o tipo de notificação em que a doença se enquadra, e 17,5% acreditava ser obrigatório realizar a eutanásia em todos os animais positivos. Foi observado que os municípios de: Pelotas, Rio Grande e Bagé, locais de residência dos animais sororreagentes e considerados até o momento como municípios indenes, têm circulação de cães sororreagentes segundo protocolo vigente do MS e requerem atenção da vigilância epidemiológica. Diante dos resultados das entrevistas observou-se que há necessidade de atualização no assunto por parte dos veterinários para que possam estar preparados para auxiliar na prevenção e controle da LVC. |