Divergência, insurgência e convergência: uma análise da trilogia Divergente sob a luz das distopias modernas e contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Ânderson Martins
Orientador(a): Marques, Eduardo Marks de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3474
Resumo: Na contemporaneidade, o corpo tem sido largamente discutido e industrializado. As distopias contemporâneas têm tornado mais agudas as problemáticas do corpo em suas narrativas, uma vez que o gênero distopia é extremamente arraigado à sociedade que o concebe, transpondo para a história os temores dessa coletividade de forma pungente e em narrativas que em geral se projetam para o futuro da humanidade. Estabelecida a relação direta entre distopia e sociedade, este trabalho baseia-se na concepção de Eduardo Marks de Marques, na qual existem três vertentes na constituição do gênero. A fase atual ou terceira fase distópica tem sido vigente nos últimos trinta anos e tem por característica elementar a discussão de corpos erigidos a partir de um ideal capitalista de perfeição. Sob esta perspectiva, os romances Divergente (2012), Insurgente (2013) e Convergente (2014), escritos por Veronica Roth, se apropriam de elementos distópicos de obras clássicas. Entre estes elementos pode-se listar o apagamento da história, soros para contenção e identificação social e criação de uma nova sociedade dentro de outra já estabelecida. Neste viés, pretende-se estabelecer uma comparação entre os romances da trilogia Divergente, que se enfocam na transfiguração do corpo, e alguns romances distópicos clássicos que são centradas em uma crítica às políticas sociais. A partir das conexões com estes dois momentos do gênero e também a partir de algumas utopias, este trabalho pretende verificar como elementos sociais são traduzidos na narrativa de Veronica Roth, tendo em vista a troca da problemática política para a do corpo transfigurado.