Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Hentges, Karine Jacques |
Orientador(a): |
Ferreira, Márcia Ondina Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7648
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo conhecer as representações das diretoras de escolas de Educação Infantil sobre professores/auxiliares homens, de modo a identificar o que pensam as diretoras sobre as masculinidades presentes no espaço escolar, bem como, compreender se é oportunizada ou dificultada a inserção dos homens nesse espaço profissional. O referencial teórico está ancorado nos estudos de gênero e masculinidades. Neste trabalho entende-se por gênero as construções sociais, culturais e linguísticas que identificam o que seria mais apropriado a cada sexo, essas construções estão marcadas nos corpos implicando em um processo de diferenciação de homens e mulheres. Já as masculinidades são compreendidas, segundo Connell (1995), como configurações de práticas em torno das posições que os homens ocupam nas relações de gênero. A pesquisa foi realizada com diretoras de cinco escolas de Educação Infantil, localizadas no município de Pelotas – RS, que possuem em seu quadro de funcionários professores ou auxiliares homens. Como instrumento de produção de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. A análise dos dados foi agrupada em algumas temáticas principais: a organização escolar e inserção dos professores homens nesse espaço; as relações existentes entre os professores e as professoras e a divisão de tarefas; as relações entre os pais, as crianças e os professores; bem como alguns apontamentos sobre o que leva os professores a afastarem-se das escolas de Educação Infantil. Os resultados indicam que há divisão de tarefas entre professores e auxiliares e isso se intensifica quando os profissionais são homens, sendo que esses dificilmente realizam tarefas de contato corporal com as crianças. Além disso, os dados apontam para uma boa relação entre crianças e professores homens, diferentemente do que ocorre na relação com os pais, na qual os profissionais são, na maioria das vezes, vistos com desconfiança. No que tange ao afastamento dos professores homens da Educação Infantil, as diretoras referem três possíveis razões, sendo elas os baixos salários, a relação da profissão com a maternagem, e por último as suspeições acerca da sexualidade dos docentes. Deste modo, a partir desta pesquisa é possível compreender, segundo as representações de diretoras, as relações que permeiam a atuação dos homens em escolas de Educação Infantil e como isso se reflete nas práticas cotidianas, principalmente na divisão de tarefas para um e outro sexo. Este trabalho ainda possibilitou conhecer como as temáticas de gênero, sexualidade e masculinidade perpassam as interações entre pais, crianças, professoras e professores no espaço escolar. Finalmente, esta pesquisa suscitou novas questões, entre elas, o que pensam as crianças sobre os professores homens? Como se dão as relações entre crianças e professores? Questões essas que deverão ser investigadas em pesquisas futuras. |