Caracterização de staphylococcus aureus resistentes a meticilina isolados de pacientes infectados, internados em dois hospitais da cidade de Niterói

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Danielle Caldeira Martins dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PVL
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11835
Resumo: Staphylococcus aureus é agente etiológico importante de infecções de origem comunitária e hospitalar. Desde meados dos anos 80, a resistência aos antimicrobianos, principalmente a meticilina, tem apresentado aumento gradativo no mundo inteiro. A resistência a meticilina é codificada pelo gene mecA, carreado em um elemento genético móvel denominado Staphylococcal Cassette Chromosome mec (SCCmec). A tipagem do SCCmec é essencial para entender a epidemiologia molecular das amostras MRSA. O presente estudo teve como objetivo avaliar as características genotípicas e fenotípicas de amostras de S. aureus resistentes a meticilina (MRSA) isoladas de espécimes clínicos provenientes de pacientes internados no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) e na Casa de Saúde e Maternidade Santa Martha (CSMSM), ambos na cidade de Niterói. Foram avaliadas 113 amostras identificadas como MRSA no hospital de origem e oriundas de infecção no período de agosto de 2009 a agosto de 2011. Destas amostras 75 foram oriundas do HUAP e 38 da CSMSM. A avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizada através do teste de difusão em Agar; 38/38 (100%) das amostras na CSMSM apresentaram resistência a cefoxitina, enquanto no HUAP 72/75 (96 %) foram resistentes a este antimicrobiano. Adicionalmente foi realizada a pesquisa do gene de resistência mecA, através da técnica Reação da Polimerase em Cadeia (PCR); todas as amostras deste estudo apresentaram este gene. Através da PCR multiplex foi identificado o tipo de SCCmec em 83/113 (73%) amostras. Foi realizada também a pesquisa dos genes lukS-PV e lukF-PV, que são responsáveis pela codificação do fator de virulência estafilocócico Leucocidina de Panton-Valentine. Estes genes foram detectados em 26 amostras do HUAP, originadas de: secreções de trato respiratório inferior (n= 2), secreção de ferida (n=2), secreção de linfonodo (n=1), tecido necrótico (n=1) e urina (n=1). Neste estudo foi detectada a presença de cinco tipos de SCCmec: tipo II 51/83 (61%); tipo IVa 25/83 (30%); tipo III 3/83 (4%); tipo I 2/83 (2%); tipo IVc e V 1/83(1%). Algumas amostras (26,5%) não tiveram seu SCCmec definido e foram considerados não tipáveis. De nosso conhecimento, esta é a primeira detecção dos tipos SCCmec I e V em amostras de S. aureus isoladas nos hospitais do estudo