Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Tissot, Dionatan Acosta |
Orientador(a): |
Hobuss, João Francisco Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5323
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Resumo: |
O presente trabalho tem por objetivo analisar as condições para a responsabilidade moral em Aristóteles e como elas se configuram frente às frequentes atribuições de determinismo no tocante às ações humanas feitas ao Filósofo. Nesse sentido, busco mostrar que a responsabilidade moral reside na presença de alternativas diversas para uma mesma ação, representada pela expressão depende de nós (ἐφ’ ἡμῖν). Na interpretação aqui defendida, o conceito de ἐφ’ἡμῖν é ligado ao conceito de voluntário (ἀκούσιον) através do conceito de escolha (αἵρεσις), categoria mais ampla que o da escolha deliberada (προαίρεσις). A partir de uma análise da teoria da ação presente sobretudo em Ethica Eudemia II 6-11 e Ethica Nicomachea III 1-8, o presente trabalho visa defender que o conceito de ἐφ’ ἡμῖν diz respeito a uma possibilidade lógica, reconhecível tanto pelo agente moral quanto pelo juiz moral, de agir diferentemente e que, à exceção do sujeito virtuoso, nomeadamente aquele que detém a prudência (φρόνησις), tal possibilidade lógica se traduz em uma possibilidade factível de agir diferentemente. Com a ancoragem do conceito de ἐφ’ ἡμῖν numa concepção mais ampla de escolha, a αἵρεσις, em detrimento de uma escolha fruto de um procedimento intelectual mais minucioso, προαίρεσις, tentarei minimizar as exigências para a responsabilidade moral plena, reduzida à ação voluntária de homens que gozam de sua capacidade racional, e mostrar que é compatível com certo determinismo psicológico, mas que a possibilidade de um determinismo causal universal está excluída. |