O Legado da Escravidão na Formação do Patrimônio Cultural Jaguarense (1802-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lima, Andréa da Gama
Orientador(a): Ferreira, Lúcio Menezes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8657
Resumo: A cidade de Jaguarão, localizada ao Sul do Brasil, na fronteira com o Uruguai, é reconhecida por seus conjuntos arquitetônicos, que constituem um acervo considerado sem similar em número e estado de conservação no Rio Grande do Sul. Denota-se o destaque, em meio a este cenário, às edificações erigidas nos últimos decênios do século XIX e princípios do século XX, período de prosperidade econômica que demarca o apogeu da construção civil local. Os estudos que originaram o Inventário do Patrimônio Arquitetônico Jaguarense (1988), mais do que refletir as ações de salvaguarda, sublinharam, especificamente, no plano da História, a proeminência dos referenciais euro-ocidentais na conformação da fronteira. Sustenta, assim, que Jaguarão reflete, em seu contexto cultural e urbano, a mescla de duas culturas, a portuguesa e a espanhola. Em contraposição, esta pesquisa contempla dados do passado local que foram invisibilizados e omitidos, em grande parte, pelos estudos da esfera patrimonial: a presença negra, de cativos africanos e afrodescentes, nos casarões da Jaguarão oitocentista, e as incidências da escravidão na constituição do patrimônio edificado das elites.