Tese-crônica: uma prática de imaginação e escrita feminista latino-americana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Netto, Livian Lino
Orientador(a): Accorssi, Aline
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/12898
Resumo: Esta tese se constrói a partir de um exercício de escrita, que pretendeu ser decolonial e feminista. Apresenta crônicas, frequentemente consideradas um gênero menor, com a intenção de narrar o cotidiano, se aproximando das vidas das pessoas. Para isso, utiliza uma linguagem que transgride ao cânone acadêmico. O texto hibridiza gêneros literários como um método para a construção do conhecimento. Dialoga com referências de mulheres de cor, racializadas, lésbicas, periféricas que, através do gesto da escrita, abriram espaços para que outras pudessem escrever. A escrita mestiza e sentipensante dá ênfase às experiências que imaginam outros modos de vida. O texto da tese é feito a partir do movimento da escrita, capaz de contribuir para a superação do silêncio, como ato de desobediência epistêmica, de sentipensar e esperançar. Pode abrir fissuras nas estruturas coloniais e dominantes do mundo neoliberal. A tese foi escrita entre os anos de 2019 e 2023, nos quais o mundo enfrentava a pandemia de COVID-19. O Brasil estava sob o comando de um governo irresponsável que agravou a situação do país durante esse período. Assim, o exercício de escrita foi atravessado pelas angústias das quais era necessário criar fendas de esperanças para não sucumbir ao fatalismo. Para ampliar a ideia de escrita feminina, a escrita feminista é enfatizada, destacando o papel de mulheres na luta contra a opressão e na criação de novos significados, em que a imaginação como ação capaz de esperançar e descolonizar. A escrita com brechas, mostra possibilidades apagadas pelas palavras não ditas e pelas histórias não contadas, e assim, podem criar oportunidades para diálogo e construção coletiva.