Currículo decolonial e feminista: por uma educação plural, crítica e afetiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Luciana Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/70887
Resumo: A atual conjuntura política, social e educacional existente no Brasil, em que cada vez mais se verifica um aprofundamento da desigualdade social, do racismo, da misoginia, do capacitismo, do ódio ao que é considerado — ou construído como — diferente está intimamente relacionada à radicalização da agenda neoliberal e neoconservadora que vem ganhando força nos últimos anos no país. Frente a esse contexto, a tese procura investigar as motivações do conservadorismo e do neoliberalismo no Brasil e sua relação com a Educação, sobretudo na elaboração da Base Nacional Comum Curricular. Parte-se da premissa de que a educação é lugar privilegiado de produção e disseminação do empresariamento da educação, resultado da governamentalidade neoliberal presente em nossa sociedade. O conservadorismo alia-se ao neoliberalismo, como pode-se perceber em algumas manifestações realizadas no país nos últimos anos, como é o caso do grupo Escola sem Partido e dos movimentos “antigênero”. O arcabouço teórico-conceitual e prático escolhido para confrontar tais problemáticas foi o pensamento feminista, sobretudo o decolonial, e a decolonialidade latiniamericano, compreendendo que as raízes dessa subalternização e violências contemporâneas podem ser encontradas na modernidade e na colonialidade, sobretudo, mas somadas às características do neoliberalismo, conservadorismo e empresariamento da sociedade. A partir desse entrecruzamento teórico-prático, procura-se pensar nas possibilidades de criação de uma educação e currículos outros, elaborados a partir das territorialidades de cada povo, de seus saberes e práticas, da não hierarquização de conhecimentos e da convivência entre todas as multiplicidades de povos, culturas e sujeitos. Enfim, uma educação que possa promover o viver bem, a solidariedade, o diálogo, os afetos e uma sociedade radicalmente democrática.