Modos de subjetivação em funcionamento nos discursos curriculares de escolas de surdos: o cidadão de direitos, o indivíduo não incapacitado e o sujeito-aluno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vieira, Ana Gabriela da Silva
Orientador(a): Klein, Madalena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10083
Resumo: Esta dissertação foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFPel), na linha de Epistemologias Descoloniais, Educação Transgressora e Práticas de Transformação. A pesquisa investigou discursos de documentos curriculares – Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar – de três escolas de surdos no estado do Rio Grande do Sul e visa compreender que modos de subjetivação estão funcionando, que modos de ser surdo estes discursos fabricam. Para tanto, a pesquisa se filiou aos estudos foucaultianos, enquanto perspectiva teórico-metologógica, afim de compreender os discursos em sua positividade, e abordar relações de saber/poder que estão em funcionamento, produzindo e fazendo circular verdades sobre a surdez e a educação de surdos. Operou-se com uma análise do discurso em Michel Foucault e mobilizou-se ferramentas teóricas e/ou metodológicas deste autor – como discurso, enunciado, poder, verdade, normalização e governo. Na análise, discutiu-se três enunciados, que corresponderiam a três modos de subjetivação do sujeito surdo: o primeiro, que atrela o surdo a uma noção de cidadão de direitos; o segundo, que o tem enquanto um indivíduo não incapacitado; e o terceiro, que o trata enquanto um sujeito-aluno. Esses três modos de ser surdo não estão isolados e nem se antagonizam entre si, mas imbricam-se em um discurso de ser aluno surdo na contemporaneidade, sujeito de uma governamentalidade neoliberal e passível de tecnologias de normalização..