Os discursos do poder e o arquivo do mal em O Nome da Rosa de Umberto Eco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Laura Silva de
Orientador(a): Ribeiro, Helano Jader Cavalcante
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4265
Resumo: Narrativas como o romance O Nome da Rosa, de Umberto Eco, permitem ao pesquisador uma vasta possibilidade de abordagem de estudos. Dentre estes, percebe-se a importância do espaço e dos discursos de poder que o compõe assim como a disputa pelo seu controle. Desta forma, esta dissertação procurará comprovar que o espaço físico da biblioteca retratada por Eco e seu conteúdo eram regulados por relações de poder que desencadeavam reações de resistência. Com esse objetivo, esta dissertação está dividida em três capítulos: no primeiro, que visa o estudo do espaço, gênero e personagens, é feita a análise da biblioteca como parte do imaginário cultural, a conformidade da ficção de Eco ao gênero detetivesco e por fim o confronto entre as personagens Guilherme de Ockham e Jorge de Burgos. No segundo, apresentaremos a biblioteca como um espaço de relações de poder, destacando a ligação indelével entre arquivo e arconte e sua pulsão de morte. No terceiro, abordaremos as dicotomias interdito e transgressão e profano e sagrado no que tange a diegese. Para tanto, nosso aporte teórico centra-se em conceitos oriundos dos estudos sobre arquivo e transgressão trabalhados principalmente por Jacques Derrida e Georges Bataille, tendo como apoio Michel Foucault, Giorgio Agambem e Roger Caillois, enquanto que para o estudo do primeiro capítulo foi usado como base o próprio autor do romance e também as considerações de Tzetan Todorov em relação ao gênero detetivesco.