Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Kerolayne Correia de |
Orientador(a): |
DABAT, Christine Paulette Yves Rufino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44140
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Resumo: |
Os anos de 1930 e 1940 romperam o silenciamento visual ao qual estavam submetidos os trabalhadores da Zona Canavieira de Pernambuco. Isto é, o período mencionado marca os primeiros fôlegos no sentido de representá-los através de fotografias. Todavia, em sua constituição, essas imagens refletiam outras mais antigas, cujos impulsos foram movidos por projetos racistas, coloniais e imperialistas. Elas portavam, dessa maneira, uma imensa carga discursiva que havia sido, durante muitos anos, manipulada enquanto ferramenta nas mãos das classes dominantes. Na Zona Canavieira, essa estética foi adotada com o objetivo de atender a projetos econômicos, políticos e sociais, sobretudo no sentido de perpetuar relações de dominação. A metodologia serial se mostrou uma ferramenta importante para extrair, do conjunto das imagens, preciosas revelações a partir da percepção da repetição de padrões temáticos e estéticos. A historiografia sobre o trabalho e as profundas permanências históricas na região, foram determinantes para pensar as relações de poder que regiam essas tomadas fotográficas. Foram analisadas, sob essa ótica, fotografias oriundas dos periódicos: jornal Diario de Pernambuco e revista Brasil Açucareiro, além dos acervos dos artistas Benício Dias e Lula Cardoso Ayres, pensando nas interseções e especificidades de cada suporte. Percebeu- se que, em grande medida, essas imagens buscavam tanto salvaguardar signos em decadência de uma classe que mergulhava em um contexto de transformações, quanto construir uma identidade nacional para o país, na mesma medida em que almejavam a modernização. Esses são os três principais eixos que inspiraram a tomada de fotografias dos trabalhadores. Suas presenças, não à toa, inserem-se em complexas relações que marcaram os anos de 1930 e 1940 e, em grande medida, seguem perpetuando outras tantas dimensões do silêncio. |