Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Segura Quesada, Tania |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/15059
|
Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar o processo da gestão do trabalho das vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária, dos municípios polo de saúde da Zona da Mata de Minas Gerais. Trata-se de um estudo avaliativo de abordagem quanti-qualitativa, realizado entre março e junho de 2016. O universo da pesquisa foi composto por municípios polo de saúde da Zona da Mata mineira: Manhuaçu, Cataguases, Muriaé, Ponte Nova, Juiz de Fora e Ubá. Estes municípios foram selecionados tendo como referência a presença e atuação das vigilâncias, seja epidemiológica, ambiental ou sanitária. Os sujeitos em análise foram os secretários municipais de saúde, os coordenadores da vigilância em saúde, os coordenadores da vigilância epidemiológica, os coordenadores da vigilância sanitária e os coordenadores da vigilância ambiental (n = 30 sujeitos). Para a coleta de dados foram elaborados e aplicados cinco questionários semiestruturados. A fase da coleta de dados foi feita em dois momentos importantes: primeira fase Divergente, sendo a fase exploratória inicial e a segunda fase Convergente que abordou de maneira específica o funcionamento de cada vigilância em saúde. As respostas obtidas nos questionários foram convertidas a porcentagens em função das diferentes Vigilâncias: Ambiental, Epidemiológica e Sanitária, independentemente dos municípios. As principais falhas foram detectadas na dimensão Estrutura, em especial no indicador Recurso Materiais, onde a maioria dos profissionais, 83,33%, apontou a falta de equipamentos especializados para o trabalho de campo. Referente à capacitação, 100% dos coordenadores apontaram falta de continuidade no processo de capacitação. No que concerne ao indicador Monitoramento e Avaliação das ações todos os municípios passaram por processos avaliativos externos por parte da GRS (Gerências Regionais de Saúde) quadrimestralmente (83,33%-100%), mas não realizaram processos avaliativos (50%-66,67% VE- VISA) com exceção da VA (83,33%). Com relação ao Processo quase totalidade dos coordenadores entrevistados apontou como limitante do instrumento norteador das ações de vigilância, o formato único de avaliação, que impossibilita a inclusão de aspectos limitantes locais. Verificou-se que um ponto crítico na gestão se refere ao uso da informatização, já que a maioria dos entrevistados mencionaram que estes sistemas apresentam falhas principalmente causadas por problemas técnicos, tais como sobrecarga do servidor e qualidade do sinal de internet, o que prejudica a alimentação dos referidos sistemas, em especial dos que possuem funcionamento online. Alguns sistemas possuem funcionamento arcaico e não fazem cruzamento de dados, o que dificulta a criação de salas de situação de saúde. No indicador Resolubilidade os profissionais manifestaram que a maioria das metas estipuladas no Instrutivo para Execução e Avaliação das Ações de Vigilância em Saúde Projeto Fortalecimento da Vigilância em Saúde em Minas Gerais foi cumprida de 81- 100% por parte de todas as VS, no entanto os problemas de ordem estrutural evidenciaram que estas metas são cumpridas apenas no âmbito quantitativo e não no âmbito qualitativo, já que conforme destacado anteriormente o recurso financeiro depende do cumprimento das metas. Os achados deste estudo apontam as dificuldades vivenciadas pelos coordenadores na execução das atividades estipuladas pelo Ministério de Saúde, sendo as principais causas às relacionadas às falhas na Estrutura, como escassez de recursos, estruturas físicas inadequadas e falta de recurso humano especializado, o qual impacta negativamente o exercício de qualidade das atividades necessárias ao nível integral como a promoção da saúde, e a proteção, prevenção e controle de doenças ou agravos. Também se evidenciou que a integração continua sendo um desafio importante e que este eixo pode ser o ponto de partida para a reflexão sobre a necessidade de criar novas estratégias de gestão que permita aumentar o diálogo entre os componentes da Vigilância em saúde, permitindo com isso fortalecer a capacidade de gestão do sistema de maneira, mas equânime e integradora. |