Família e Educação: um estudo do desenvolvimento local da Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Olher, Bruno Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br//handle/123456789/25846
Resumo: Esta tese está dividida em um capítulo introdutório e outros três capítulos que visam examinar a situação da Zona da Mata de Minas Gerais, considerando-se dois objetivos: o primeiro apresenta a construção metodológica e o aporte teórico que sustenta a tese, bem como os objetivos e problemas que fomentaram a construção desta pesquisa. O segundo capítulo traz a revisão sistemática dos investimentos e gastos em educação e sua influência no desenvolvimento societário, baseando-se em uma análise de teses e dissertações registradas na Biblioteca Nacional de Teses e Dissertações dos principais Programas de Pós-Graduação das Universidades Brasileiras, entre 2000 e 2018. Aborda-se o tema por meio de breve análise da metodologia, teoria e resultados alcançados em todos os trabalhos pesquisados. A revisão sistemática ancorou-se em seis dimensões (abordagem metodológica, tipos de pesquisa, métodos de coleta e análise dos dados, autores que mais produzem na área e referências mais utilizadas), cujos resultados apontam quanto este tema ainda é incipiente nas pesquisas de pós- graduação. Desse modo, é imprescindível que seja dada maior atenção sobre o tema investimento/gasto em educação, visto ser uma realidade enfrentada por todos os municípios, exigindo maiores conhecimentos que possam subsidiar os gestores públicos, para maior responsabilidade com os cidadãos. O terceiro capítulo retrata o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF), analisando-se a situação de pobreza das famílias das cidades de médio porte da Zona da Mata de Minas Gerais, sob a perspectiva multidimensional, nos anos 1980, 1991, 2000 e 2010. Para alcançar os resultados, foi adaptada a metodologia proposta por Barros, Carvalho e Franco (2003), com base nos microdados dos Censos Demográficos. Em síntese, o índice de Desenvolvimento das Famílias (IDF) das cidades de Cataguases, Leopoldina, Manhuaçu, Muriaé, Ponte Nova, Ubá e Viçosa, em suas seis dimensões, revelaram progresso no nível de bem-estar das famílias, com características particulares para cada município. Considera-se que a geração desse índice possibilita, de certa forma, auxiliar na elaboração de políticas públicas para reduzir as desigualdades sociais locais. No quarto, e último, capítulo, procurou-se lançar luz sobre a importância da educação no desenvolvimento da sociedade. Entretanto, indicadores sociais indicaram situações desfavoráveis, tendo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é dividido em três dimensões (longevidade, renda e educação) seu pior desempenho na educação, contexto agravado pelas diferenças socioeconômicas percebidas nos municípios da Zona da Mata mineira. Utilizaram-se o coeficiente de correlação de Pearson, para calcular se existe relação entre gasto educacional e elevação do IDH-M na variável educação; e a estatística descritiva e de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) dos 142 municípios da região, para classificá-los quanto ao nível de gasto em educação e ao crescimento do indicador relacionado à educação no período de 2000 a 2010. Foram coletados dados secundários sobre a arrecadação municipal e os gastos com educação, no Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS/FJP); sobre a população, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE); e sobre os índices municipais de desenvolvimento, coletados do Atlas do Desenvolvimento Humano dos municípios, elaborado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). O resultado foi de certa forma angustiante, uma vez que os cálculos indicaram que não houve correlação entre gasto em educação e elevação do IDH. Entretanto, o desfecho da pesquisa corrobora outros estudos, que indicam que diversos fatores necessitam ser avaliados para se obter um resultado que realmente retrate com precisão essa realidade.