Uma inserção de Tortilla Flat e de Esteiros na história do romance

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: BEZERRA, Antony Cardoso
Orientador(a): FARIAS, Sonia Lucia Ramalho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7620
Resumo: Investigo, por meio deste trabalho, aspectos da situação de Tortilla Flat (de John STEINBECK) e de Esteiros (de Soeiro Pereira GOMES) na História do romance. Para alcançar meu propósito, trilho um percurso que revê leituras que a crítica operou dos referidos livros sempre as inquirindo , problematiza os conceitos de ficção, realidade e História em suas implicações com a linguagem e, por fim, estuda as marcas do gênero romance e, particularmente, o papel da personagem de ficção (como individualidade ou como grupo) nessa esfera. Ainda que os dois textos literários sejam postos frente a frente em mais de um momento, não é aos referenciais da Literatura Comparada que eu me volto com maior constância; antes, às propostas de ISER (2002; 1997) para o estudo da ficcionalidade e de LUKÁCS (2000) e de BAKHTIN (1978) para o romance. Desprezando a eleição de fundamentos homogêneos para a discussão levada a cabo, recorro a vários teóricos e comentadores para embasar a minha própria visão das questões que abordo. Também fugindo à convencionalidade, analiso os romances pari passu às reflexões teóricas, o que, calculo, oferece maior organicidade à tese. Ao termo de minha investigação, foi possível perceber que (a) sendo o romance um gênero caracteristicamente multifacetado, é um instrumental de diversa cepa que fornece bases mais pertinentes ao seu inquérito, sempre com ênfase na inscrição histórica dos discursos; (b) os comentários que os autores literários emitem sobre as respectivas composições podem ser tomados como ponto de partida para a análise dos textos, mas, jamais, como referência inelutável; (c) tanto em Tortilla Flat como em Esteiros e por motivações distintas , a presença de um suposto protagonista coletivo não é capaz de lenificar o papel desempenhado pelos indivíduos ficcionais